domingo, 28 de dezembro de 2008

Feliz Ano Velho!

E tá chegando mais um final de ano....365 dias que se foram e muitos temos a impressão de terem sido bem menos, de tão rápido que foi.
Mas não, todo ano tem 365 dias, todo dia tem 24 horas, 7 dias por semana e assim por diante.
A impressão de ter sido mais rápido, cada ano mais, é que nos ocupamos mais, a tecnologia é mais avançada, os recursos são maiores, o cotidiano é mais apressado, só isso. Com o dia mais turbulento e querendo sempre fazer mais do que dá, parece que o ano voou e não fizemos patavinas.
Bem, experimenta ir pro interiorzão.....acordar com o galo cantando, escutar os passarinhos despertando..tomar um café bem cedo e...não ter nada pra fazer....o dia parecerá ter 38 horas...é sério, quando não temos o que fazer o tempo se estende...a vida fica lenta.

Enfim, o ano passou, seja rápido ou devagar, passou e com a chegada do final, a gente se pega fazendo as retrospectivas pessoais (muitas pessoas fazem a dos vizinhos, parentes, etc) e novas promessas pro ano seguinte...isso será eterno, aposto!
Esse círculo de emoções e promessas será eterno porque o ser humano precisa disso pra se direcionar na vida.
Precisa lembrar o que viveu, tirar as experiências e prometer o que fará pra não repetir os erros, o que fara pra garantir o sucesso e o que tentará fazer pra melhorar....bem, pelo menos seria essa a idéia de crescimento emocional e espiritual, aí vai de cada um.
Eu já fiz, ou melhor, tô fazendo, mas já posso identificar algumas coisas que quero fazer nesse novo ano:
quero tirar minha carta de motociclista;
quero fazer o curso de mecânica (só pra mim tá...não vou abrir nenhuma oficina, pelo menos não agora..rs..);
quero fazer algum curso de pós, de preferência o de Serviço Social, mas esse é pro meio do ano;
quero viajar mais, perto de SP mesmo, quero poder pegar um a estradinha uma vez por mês com minha linda família;
quero me dedicar a escrever com mais frequencia e pensar no meu livro;

Do que passei esse ano....bem, se o meu novo ano for como esse, já tá de bom tamanho.

Em 2008 vivi emoções muito bacanas; recuperei minha auto-estima, me livrei de fantasmas; fiz minha cirurgia tão desejada e por conta dela consegui um outro feito maravilhoso que foi parar de fumar; conheci gente muito importante, que estão fazendo diferença na minha vida, amigos, profissionais; reencontrei amigos que nunca foram esquecidos; aprendi a conquistar meu espaço espiritual e sentimental; não abro mais mão dos meus valores e não vou contra meus principios, e sei que não são os melhores, não são os perfeitos mas são os que me centralizam, que me dão base;
Eu erro, sei que muitas pessoas me julgam errada em muitas situações mas não me magoo porque cada um vê a vida de um jeito, eu não procuro perfeição em mim, procuro a felicidade.

Não julgo, não critico, tenho minhas opiniões e elas interessam a mim.

Se alguém tiver que falar prefiro que seja na minha cara, pra que eu tenha chance de dizer o que eu sinto mas aprendi a não me abalar se falarem pelas minhas costas...é injusto? É, eu tb acho mas....

Esse ano eu reconsquistei meu lado mulher.
Esse ano eu abri minha mente pra vida.
Meu filho me deu alegrias imesuráveis, ele sempre dá.

Enfim, meu ano foi repleto de coisas boas, alegres, tristes ... meu ano me fez viver intensamente e é isso que eu quero desse novo ano porque, pra mim, passar 365 dias sem ter emoções, sejam elas boas ou ruins, não vale a pena, eu prefiro ir do choro ao riso do que ficar com cara de paisagem.

E vc? Vai pintar um quadro ou vai virar estátua???

FELIZ ANO VELHO!
BEM-VINDO ANO NOVO! Estou de braços abertos pra te receber, me receba também!

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Melhor assim do que não ser.

Nunca ouvi dizer que amor fazia mal, ou que crescer numa família que sentisse amor um pelo outro fosse prejudicial a saúde.
Nunca ouvi dizer que beijos e abraços pudessem desvirtuar alguém;
Nunca ouvi dizer que zelo, cuidados e orientações fossem contra o bem estar de alguém.
Enfim, tenho um filho lindo de 11 anos e percebo que as pessoas criticam quando digo que não o deixo sozinho em casa ou não o deixo voltar da escola sozinho estou exagerando e mimando e super protegendo, pois bem, vamos ao que me compete.
Filho pra mim, é sagrado, eu digo e repito, Deus me deu um filho Dele, Ele confiou em mim deixando Seu filho pra que eu cuidasse, orientasse e amasse aqui na terra, estou tentando cumprir minha tarefa.
Não considero mimo abraçar e beijar meu filho, com 11 anos, em público;
Não considero excesso de zelo não deixá-lo voltar da escola sozinho (eu disse sozinho), ou voltar da academia as 21:30 sozinho.
Ter 11 anos não significa saber se defender e agora eu vou mais além.
Meu filho saberia se defender de uns guris que o azucrinassem na rua, na volta da escola, por exemplo;
Ele saberia se safar de um bando de pirralhos da sua idade, normalmente, que quisessem encher seu saco;
Ele poderia voltar com a roupa suja por ter rolado no chão da escola ou da rua numa briga de moleques, tranqüilamente porque isso deveria fazer parte da infância e pré-adolescência dele porém...
Ele não pode se defender de uma briga de guris que o ameaçam e até partem pra cima com uma faca, um canivete ou um revólver...mesmo que eles fosse de sua idade ou muitas vezes menores;
Se fosse lá pelos anos 1985, quando eu mesma ficava em casa sozinha ou com minha irmã, e esquentava o almoço e ia pra escola a pé, com mais duas amiguinhas, ou sozinhas, e podia ficar na rua brincando de queimada até dez horas da noite, com certeza meu filho aproveitaria das mesmas brincadeiras que eu.
A gente escuta falar de tanta morte de crianças, tanto sumiço, de dentro de casa, do quintal de casa, da rua de casa....não vivemos mais na época onde as brigas de gangue eram resolvidas mano-a-mano, eu não vou arriscar a vida e segurança do meu filho pra parecer moderninha, eu não pretendo mostrar pros outros uma segurança que não sinto.
Eu ensino, eu crio pra vida sim, eu mostro o que o mundo oferece, mesmo a gente andando na linha o que pode acontecer, eu oriento e alerto, pode sair pro mundo, pra sair pra vida, eu não quero um filho grudado na barra da minha saia pra eu controlar e super-proteger, mas quero saber sim com quem vai, onde vai, que horas volta....é meu filho, é minha obrigação orientar e proteger....a vida vai mostrar muito mais do que eu , eu sei que vai, mas se ele tiver estrutura pra aprender correndo menos perigo...por que não?
Por que devo deixar uma criança de onze anos voltar da academia quase dez horas da noite se posso fazer companhia...Além de cuidar, eu quero estar junto, eu gosto de estar junto porque um dia isso vai acabar, essa fase vai passar e ele virá da academia com a namorada, ou amigos, ou sozinho...Por que devo abrir mão de momentos com ele só porque ele está crescendo, e mesmo depois de adulto, por que devo abrir mão de sua companhia só porque ele já é um homem feito?
Estar presente é não só uma obrigação, é um prazer.
E não preciso provar pras pessoas que meu filho não é mimado, que eu não o super protejo....o que acontece dentro da minha casa não interessa a ninguém.
Ele é saudável, inteligente, independente onde pode ser, e sabe muito bem se virar se for preciso, eu faço por amor, e amor...nos dias de hoje, é um sentimento muito banalizado.
Melhor amar e cuidar assim, do que ver pai matando filho, filho matando pai, vizinho, mãe, tio, irmão...no meio de tanta violência e crueldade...eu amar demais meu filho e ele ser como e quem ele é, deveria ser uma virtude, deveria ser motivo de exemplo e não de crítica.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

unidunidunite

Ter filho nos faz viver todas, ou quase todas, emoções num único dia, as vezes num curto espaço de tempo.
A gente se alegra, se desespera, se orgulha, se preocupa, se abandona, (porque se entrega à uma vida de fortes sensações)....se renuncia.


Chora, e como chora, quando o filho chora;
Ri, rola de rir, quando o filho tá feliz.


Mas as vezes viro filha do meu filho e choro em seu colo, principalmente em crises tepeêmicas, e ele me consola, tal qual gente grande e também se desespera quando não sabe o motivo de eu estar chorando, nessas crises nem eu mesma sei ...


E se irrita quando encho o saco dele, mas também se entrega e me faz carinho, e me traz remédio pra dor de cabeça, ou me oferece um chocolate.


Ah...esses filhos da gente, que a vida vai roubando devagar,
Que vão conquistando seu espaço no mundo e crescem desengonçadamente, criam asas e de repente, quando a gente menos espera, voam pra longe e a gente lamenta por não ter tido mais tempo.


Um tempo que a modernidade rouba da gente, a necessidade esconde.....
Um tempo que a gente recorda através das fotografias


Os filhos crescem numa euforia descontrolada, numa ânsia desmedida de querer ser adulto..
Mal sabem que lá na frente eles vão querer voltar a ser crianças pra ter o dia mais longo, as brincadeiras mais divertidas, os sorvetes mais saborosos.


Por isso eu me permito ser criança com meu filho, pra poder resgatar a saúde emocional da infância e curtir o que puder enquanto ele ainda puder e quiser.


Não me envergonho de correr na chuva, ou de rolar na grama, ou de brincar de caça ao tesouro.


Essas emoções todas num único dia às vezes assustam, mas me renovam...


E os dias com esses pirralhos transformam nossa vida numa caixa de Pandora...
Inusitadas e diversas surpresas, mas de inesgotável, inexplicável, incondicional Amor!