terça-feira, 22 de junho de 2010

Parabéns Catia!!!!

Foi ontem seu aniversário, mas infelizmente não consegui postar os parabéns da forma que você merece!
Minha amiga, minha comadre, minha irmã de coração, que Deus te abençoe todos os dias de sua vida.
Fico feliz por poder te desejar feliz aniversário mais uma vez e espero fazê-lo sempre.
São anos de amizade, um sentimento tão nobre.
Fiquei lembrando de nossas peripécias de criança, dos tempos de colégio, dos amores mal correspondidos que chorávamos, dos almoços bagunçados, da educação física que xingávamos mas que íamos rindo e das muitas vezes que você desejou se esconder por causa das minhas estripulias infantis.
Hoje somos mulheres maduras, mães, esposas (vc pelo menos..rs.), temos nossas vidas responsáveis, as contas pra pagar, e tantas tarefas adultas pra cumprir MAS....tenha certeza que em mim mora uma eterna criança que sempre terá o prazer e a pureza de desejar a você dias de luz, dias de paz, dias de amor, dias de esperança e se num desses dias você achar, simplesmente achar, que algo não está bem, conte comigo, te darei meu próprio sol pra aquecer seu coração.
FELIZ ANIVERSÁRIO AMIGA!
Te AMO!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Tempestade num copo d'água

Junho, mês de festa junina, quentão, pipoca, quadrilha, adoro tudo isso, se bem que tá difícil de arranjar uma quermesse como as de antigamente.
Inspirada por esse clima de São João eu me lembrei do santo casamenteiro...Santo Antonio e o melhor, me lembrei antes de passar o dia dele.
Lá fui eu fuçar na internet as simpatias pra desencalhar..ops, quer dizer....pra alterar meu estado civil...rs.

Nossa, tem muita simpatia, cansei de ler de tanto que era, escolhi 3, uma delas eu tinha que fazer.
Bom, uma falava de tirar o menino Jesus do colo dele e só devolver depois que casasse; Outra falava de colocar o santo de costas e só desvirar quando casasse e o outro falava pra coloca o santo virado dentro do copo d’água...Bem, já que o santo ia sofrer de qualquer jeito, tive que escolher uma simpatia.

Pensei, pensei...poxa, vou tirar o menino Jesus dele, vai ficar sozinho? Não, essa não, ele vai ficar bravo comigo e vai me deixar sozinha também...
Colocá-lo de costas..? Não dá, como ele vai enxergar ao redor e colocar alguém pertinho de mim? Vai acabar escolhendo porqueira...não, essa não...sobrou o copo d’água...ai, vou ter que afogar o Santo Antonio? Afe...e agora?

Resumindo, peguei a imagem do santo....olhei pra ele e começamos a conversar, acho que falamos por uns 10 minutos e eu expliquei direitinho o que eu quero; Peguei um copo, enchi com água e...eu não tava com coragem de mergulhar o santinho ali dentro.....dei um beijinho, pedi perdão e glub glub, afoguei o santo. Quase chorando guardei o copo lá e saí de perto pra não me arrepender.

Só que não teve jeito...aquela imagem na minha cabeça do santo se afogando, de cabeça pra baixo....meu coração não me permitiu aquilo, eu sei eu sei, é uma imagem, ninguém estava se afogando mas minha consciência pesou, fui até o armário, tirei Santo Antonio da piscina particular dele, sentei na cadeira com ele na minha frente e ficamos conversando um tempo, pedi desculpas e que seja o que Deus quiser.
Minha atitude não vai livrá-lo dos castigos alheios; Com tanta simpatia pra fazer – e nenhuma delas agradável pra ele – eu sozinha não vou salvar o santo mas...pelo menos minha consciência tá tranqüila.

Melhor arranjar uma simpatia menos assassina e esperar de modo convencional um grande amor......

Erasmo Carlos cantou: "Filosofia é poesia, é o que dizia a minha vó, antes mal acompanhada do que só"

Mas, como eu não tive vó.....vou rezar mais...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Cadê a Cuca?

Tem dias que a gente realmente acorda com a pá virada, se bem que meu dia começou bem, apesar do sono extremo.
Acordei 3 da madrugada e quem disse que eu conseguia dormir de novo?? Fiquei virando na cama igual aqueles frangos que a gente compra aos domingos, dentro das televisões de cachorro..pois é, fiquei assim até umas 4h30 (quando escutei o último bip do relógio e acordei 50 minutos depois com o bip do despertador quase querendo quebrar o infeliz.
Mas apesar disso o dia começou bem sim, um café animado com filho e mãe, pouco trânsito, uma leitura boa antes de começar o expediente (confesso que cochilei no carro uns 10 minutinhos).

Daí que eu resolvo fazer as unhas na hora do almoço, liguei, marquei e ela (a manicure minha xará) me convenceu a fazer as unhas dos pés....: Mas Márcia, eu to com vestido e meia calça 7/8, sapato fechado, vai borrar criatura. – Não vai não, eu faço bem rapidinho fica secando enquanto faço as mãos....

Claro que ela me convenceu, mesmo porque, sorte de quem não viu meus pés a não ser eu mesma no banho, cruzes.

Fui, peguei o horário de almoço e lá fui eu toda-toda.

Já sentei rapidinho, fui tirando sapato, meias e pés na água quentinha...ok, até aí nada de anormal SE minha meia não resolvesse ter vida própria.

Pés e mãos lindos e leves (dois kilos de cutícula, roubando), ela colocou as meias pra mim e saí do salão e...foi aí que elas se revoltaram, inventaram de fazer greve e começaram a escorregar...escorregar...escorregar e eu com as mãos esmaltadas sem poder segurá-las...fui tentando... e mancando no meio da rua pra ir encontrar uma amiga que estava me esperando pra comer algo rapidinho...eu andava que nem saci mas não teve jeito, ou eu preservava as unhas feitas e bem pagas, ou a meia escorregava...aconteceram as duas coisas ruins...a unha borrou e a meia escorregou até a canela. Corri mais um pouquinho achando que ninguém tinha visto, sentei e minha amiga me ajudou a levantar a da perna esquerda (a da direita tava se comportando melhor). Ufa, que alivio, pelo menos vai dar pra chegar ao hospital numa boa, bem pertinho, 5 minutinhos andando e então vamos embora trabalhar....

Dos 5 minutinhos, 4 eu fui brincando de Saci......e a Kathyta tentando ajudar puxando “discretamente” uma vez e mais uma, mas a cena era meio imprópria pro horário de almoço, tinha criança na rua e os caminhoneiros começaram a quase bater os veículos...”Vai segurando por cima do vestido Márcia”... cheguei roxa...mais roxa do que o vestido, querendo me enfiar num buraco, 3 dedos borrados, sem comer, e com as meias descendo....

Corri pro banheiro, fucei na bolsa e achei esparadrapo mas que nada...não adiantou, as meias perderam a aderência da colinha que tem, hora de jogar fora mas...só em casa, vou ter que ficar sacizando até a hora de ir embora...

Alguém por acaso viu a Cuca por aí?

terça-feira, 8 de junho de 2010

No chão, agarrada com a almofada

Eu nunca entendi direito como algumas pessoas podem se achar donas de outras.
Fico tentando me colocar nessa situação e, simplesmente não consigo
Eu já fui bem ciumenta, confesso mas aprendi a respeitar minha individualidade, minha privacidade e minha liberdade de expressão e a dos outros também.
Concordo que temos que nos adaptar e rever alguns comportamentos quando estamos com uma pessoa, namorando, morando, comprometidas com a relação.
Não dá pra ficar indo em baladas noturnas, não dá pra ficar num barzinho até altas horas, respeito ao parceiro, mas não pode deixar de fazer outras coisas como sair com amigas de vez em quando, pegar um cinema, uma pizza, um sorvete, coisas pra se fazer durante o dia.
Um happy hour numa sexta com a turma do serviço, por que não?
Isso é essencial para que o relacionamento dê certo de verdade e não só pelo costume. Precisamos preservar nossos amigos, nossa vida, nossos gostos. Aceitar o outro como ele é, com a história que ele tem. Ninguém muda por ninguém. A pessoa que entra no relacionamento achando que o outro vai mudar por causa dela, engana-se....o outro pode até se adaptar mas a essência, puxa...é por essa essência que a outra pessoa se apaixonou.
Imagina eu; Eu sou bem extrovertida, gosto de dançar, de cantar, de falar besteira; Sei perfeitamente me comportar em ambientes familiares e sociais, faço por educação, por respeito aos outros mas gosto mesmo é de conversar, de sentar no chão da sala agarrada a uma almofada e tomar vinho de garrafão, eu sou assim...imagina que eu case com um cara que seja o oposto – sem essa de que os opostos se atraem – que não suporta quem sente no chão e queira me mudar....eu vou deixar de ser eu mesma se aceitar isso, se permitir que ele determine o lugar onde devo sentar dentro da minha própria casa...ou na casa dos amigos que sabem que eu gosto de sentar no chão....
Tudo bem, eu faço por ele...mas daqui um tempo eu vou começar a definhar, o sentimento começa a definhar porque eu deixei de ser eu mesma, porque eu deixei de fazer coisas que gosto e vou sentir saudade de mim e aí?? Aí que eu vou ficar desesperada pra me reencontrar e é nessa hora que o relacionamento acaba, quando eu sair em busca de mim novamente. Resgatar minhas raízes, meus gostos, quando eu me olhar no espelho e me reconhecer....
O outro, bem, o outro vai sentir falta de mim do jeito que me conheceu...sentando no chão...

Enfim, eu toquei no assunto porque um amigo muito querido me confidenciou uma coisa que me fez chateada por um momento, exatamente por causa disso...do ciúme, da “obrigação” que o outro tem de se desfazer de si mesmo pra agradar outra pessoa.

A minha/sua/nossa carta “subiu no telhado”...ou melhor, foi obrigada a subir e a se jogar do telhado porque outra pessoa não entendeu, não respeitou que a minha/sua/nossa carta faz parte de um passado que serviu de ponte pra chegar até ela.
Essas coisas parecem pequenas mas chateiam, é estranho saber que alguém se incomodou com uma recordação de tantos anos e não atentou que aquilo é uma história, que sem história não se conhece alguém, que sem passado não se tem presente.
Talvez seja por esse motivo que eu ainda esteja solteira, não consigo aceitar que outra pessoa determine o que fazer do meu presente, quanto mais do meu passado.

Meu baú está lá, a única que tira ou coloca algo ali, sou eu, e somente eu.

Se meu passado não pode ir comigo, então eu fico com ele.

Se meu presente precisa ser moldado pelas mãos de outra pessoa, então não vejo futuro.