e d a d u a S

Saudade...

....sentir saudade é ter o coração exposto.

É ter uma corda no pescoço esganando a qualquer pequeno movimento

É ter o olhar que busca um calendário

Que busca uma foto, letras espalhadas em qualquer tela...

Sentir saudade é não desgrudar do telefone, procurar pela madrugada a peça de roupa deixada com o perfume...pra não doer tanto...insônia....

Ter saudade é não saber se o outro realmente está bem quando diz que está

É fingir que também está, com medo do que o outro possa pensar...

E as realidades são omitidas pra não preocupar

Saudade ajuda a limpar a face, porque as lágrimas são incansáveis

Sentir saudade limita o raciocínio e aflora os sentidos...(tudo que olho faz lembrar você)

Sentimento que invade sem perguntar a hora

Sem querer saber se o filme é comédia

Sem ao menos pedir licença no meio de uma reunião

Rompe o dia, rompe a noite e ela está lá...como uma estátua, com seu humor negro te olha e diz: eis que estou aqui ainda e de novo.

Perversa...

Sensível....

Puta....

Mãe...

Saudade te mostra os lados de todas as páginas de um livro que ainda nem foi lido...

Saudade é uma música estridente ou suave, mas que toca ininterruptamente

Taciturna

Saudade é quase palpável....é o querer e não poder...é a prova da razão que se perde.

Saudade é o óbito da sanidade.

Revela o corpo

Revela a alma....

....Mas some na sua volta.

Saudade revela o amor.

Aos meus 38!

Enfim, lá se foi o meu "number" 38....

Eu tive bons dias...eu tive maus dias....eu tive momentos de querer me afogar num copo d’água, em outros eu quis rir tanto até explodir as bochechas.

Parei pra pensar milhares de vezes....em muitas não cheguei a conclusão alguma...em outras preferi continuar pensando...em diversas sequer pensei.

Eu voei!

Sim, eu voei aos 38! Eu desfilei na avenida aos 38! Eu conheci o amor da minha vida aos 38!

Recuperei a esperança e a crença de que o amor era pra mim, SIM!

Revi alguns conceitos

Equilibrei opiniões alheias

Desequilibrei visões

Fui reta, apesar das curvas e derrapadas

Fui sã, dentro da minha loucura pueril

Larguei mão, mas eu tentei...muito!

Já conheço o fundo do poço e sei que lá existe uma mola...se um dia eu voltar a cair, também vou saber saltar.

A vida ainda tem surpresas, Deus permita que eu nunca deixe de enxergá-las!

Obrigada meu Pai!

Eu não peço muito, só que seja em paz!

Que essa paixão pela vida nunca deixe de me preencher a alma

Que minha crença nas pessoas nunca se abale a ponto de partir

Que esse amor que ganhei nunca perca a direção

Que minha família seja abençoada e eu tenha a honra de tê-los sempre perto de mim.

Meu filho....meu mundo, que gire e cresça e eu possa assistir seu sucesso!

Entrando nos 39 repleta de esperança, vontade, amor e FÉ!

Basaldua

Vem correndo pros meus braços, criatura divina da minha vida

Vem me ouvir dizer o quanto eu gosto do seu sorriso, que me alucina

Vem, pra eu poder te olhar de perto...me ver em seus olhos abertos

E depois fechá-los no meu beijo de menina!

Eu quero ser pra você os sonhos mais lindos

As realidades mais sinceras

As paisagens mais belas da primavera

Os invernos mais aconchegantes

Os outonos mais brilhantes

Os verões mais refrescantes

Quero ter a sua mão na minha não apenas pela rua, mas por longas estradas

Um suspiro...

Um arco-íris...

Uma gangorra e um parquinho

Um algodão-doce

E muito, mas muito carinho

Porque é isso, meu menino

Que eu tenho guardado no peito...a minha felicidade que transborda quando se completa em você.



Garçom, uma mutação, por favor!

Eu trabalho como secretária há anos...mas se tem uma coisa que eu não consigo absorver da profissão, é guardar nomes (dizem que secretárias tem memória de elefante...então devo ser um tatu bola...)

Eu posso encontrar as mesmas pessoas por dias seguidos, mas se não tiver um relacionamento mínimo que seja, eu não guardo o nome. Não tem jeito... só que aqui, onde eu trabalho, as pessoas devem ser elefantes porque todas me chamam pelo nome...e eu morro de vergonha porque não consigo lembrar dos nomes desses lindos seres. Então eu recorro ao “oi flor” para meninas e “oi mocinho” para os meninos e em seguida, desesperadamente, procuro o crachá...Ah bendito crachá que já me livrou de muita saia justa....Agora pensa na minha cara de SOS quando o crachá está virado! Sim, a maioria ou vira de propósito, porque foto 3x4 é um encalha bofe ou simplesmente porque a cordinha que prende o crachá, virou...e daí eu não enxergo as letrinhas com o nome da pessoa, e vai flor e mocinho mesmo.

O lance é que uma vez eu achei que soubesse o nome, me senti A fofa, conversei por minutos intermináveis com a “Monica”.

E era Monica pra cá, Monica pra lá e eu toda faceira nem olhei pro crachá, porque tinha certeza que a Monica era Monica....

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Não, claro que não. A Monica não tinha nada de Monica, nem a inicial, nem os dentes da personagem em quadrinhos que pudessem fazer eu imaginar que fosse.... e falei, falei, falei... até que o papo acabou e eu me despedi...e ela, tão educadinha, delicadamente vira e diz: ah, Márcia, não é Monica, é Solange....

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Como eu sempre digo que adoro brincar de avestruz quando cometo uma gafe...essa seria uma ótima hora pra uma mutação.