quarta-feira, 30 de julho de 2014

Sem meias palavras

                                   "Porque água morna não serve nem pra fazer chá!"

Eu não gosto de meias palavras

Eu me exalto em quase todos os assuntos

Eu choro no meio das conversas

Eu me emociono com coisas que não me dizem respeito

Eu surto quando quero falar e não deixam

Eu não grito, eu me empolgo, falo alto e gesticulo
Gaguejo...o pensamento é mais rápido do que a boca

Atropelo ....
Me esborracho

Não minto, não finjo, não faço de conta...eu sinto
De falso, apenas o brilhante do meu anel
Não uso máscaras sem ser carnaval...e eu não vou a carnavais, não mais.

Colo o salto do sapato com fita adesiva
Uso garfo pra segurar o vidro do carro que quebrou
Clips pra segurar o zíper da calça que estourou
Passo corretivo....as olheiras me perseguem
Encho o saco do filho pra levantar mais cedo

Sou ciumenta, confesso.

Sou inteira...meia de mim, só as que uso pra dormir
E pra quem não merece minhas verdades...omito.

Visceral

Nada de ponta de pé...apenas pro ballet...que eu já não faço mais.

Tenho medos, mas vou mesmo assim.
Tenho sonhos que não cabem dentro de mim
Tenho choros e risos na mesma intensidade e facilidade

Tenho um amor eterno
E quero vivê-lo sem fim

Apago, rasuro, volto atrás, revejo, concedo, concebo, respeito...
Verbos, reverbo


Ai que vontade de voar!!!!


quarta-feira, 23 de julho de 2014

Mantenha distância

Sim, hoje é um daqueles dias que, se eu pudesse...ah se eu pudesse...

                                               MANTENHA DISTÂNCIA 
seria a placa da vez.

Meu Deus, como tudo é irritante.

O telefone toca e eu tenho vontade de jogá-lo na parede... respiro fundo, juro que respiro fundo...tento ser educada, simpática, mas a tolerância tá tão zerada que qualquer palavra torta ....aaaaaarghhhhh...hunf...#@&(#&%()_(@_#(!&$*@¨%*@¨$*(@#)*!_$

Fora o calor que dá...depois dá frio....depois dá vontade de chorar....uma carência que não é desse mundo...um ninguém me ama...e ninguém me entende que só por Buda!

Calma, Márcia....calma. Vai ficar tudo bem, vai passar...mais uns dias e tudo voltará a brilhar.

As borboletas azuis cintilantes voarão harmoniosamente....e vc não sentirá mais vontade de esmagá-las com os dedos ...calma....chocolate...sim, tem chocolate na gaveta!!!

Acho que é mais psicológico do que físico. A sensação de que agora tudo se acalma...mas não, é um breve momento, logo a cabeça pira, vêm situações que nunca aconteceram, que talvez aconteçam, mas que já causam raiva, outras que aconteceram faz  tempo e tomam conta da cadeira da sala de jantar, como convidada de honra.

Que ridículo...que patético...cadê meu rivotril? Cadê minhas cápsulas de prímulaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!

 Fechada para balanço, antes que passe o efeito do chocolate.


terça-feira, 15 de julho de 2014

Conexões

Meu  medo é que chegue o dia em que as pessoas estarão tão vidradas em tecnologia que percam completamente a noção do que um abraço, um sorriso, um olhar nos olhos possa trazer de beneficio.

Tenho receio de que as pessoas se percam nos teclados, e não se achem nos braços e abraços.

Que se viciem em imagens numa tela de alguns centímetros ao invés de se viciarem em tamanhos reais.

Que se alegrem em ler piadas ao invés de ouvir gargalhadas.

Um mal necessário, vão dizer.

Eu concordo...em partes.

Acho justo estar ligado nas novidades, mas acho boçal trocar essas novidades virtuais pelas novidades pessoais.
A gente gosta e precisa saber das notícias, ficar conectados com as pessoas que moram longe (principalmente), agilizar compromissos, manter-se atualizados. Mas existem coisas que são insubstituíveis e existem lugares e momentos que não precisam de conexão tecnológica, apenas conexão emocional.

Meu medo é que acabe o discernimento entre onde começar uma e terminar outra.

Minha tristeza é olhar para a mesa ao lado e ver pessoas abraçadas aos seus aparelhos e não aos seus parceiros.
É chegar juntos ao restaurante e separar-se ao sentar-se a mesa.

Que venha o futuro e traga sempre e mais inovação. Mas que venha com ele, a sensibilidade de não trocar telas minúsculas por sentimentos grandiosos.


terça-feira, 1 de julho de 2014

Sopa de letrinhas

E mais uma vez perdi as palavras e as ideias se foram no vento.

Será que sempre que isso acontece é pra acontecer, ou será que é simplesmente falta de sorte minha ou sorte de quem as vezes lê? Rsrsrs

O fato é que perdi algumas letras e até as vejo passeando sobre mim...tentando voltar à sua origem ou simplesmente zombando da minha dificuldade de coloca-las em ordem.

É até engraçado imaginar um monte de letrinhas sobrevoando, rindo e se divertindo.
Uma brincadeira de pega-pega com vogais e consoantes atrevidas.
Busco uma por uma das que combinam, mas na hora do sentido....ele parece também zombar da minha ingenuidade.
Quase consigo ouvir o som das risadas e rio sozinha, olhando pra tela.

É gostoso se perder nesse “vazio” de ideias, é interessante sentir que, mesmo quando parece não ter nexo, mesmo quando não se encontram palavras pra expressar o que se sente, ainda assim o sentimento existe.
Diferente de quando você está no auge da emoção, naquela hora em que as palavras brotam, (mas sempre falta o papel), é o ápice do sentimento, a vontade louca de sair escrevendo o que o coração está gritando.
Mas quando essa euforia passa, ainda assim o sentimento está lá, mais calmo, mais controlado....e mais sem palavras... porque elas se perderam no alto da montanha russa das emoções.

Hoje eu estou assim, tentando caçá-las tal qual um bando de borboletas (se bem que eu não caçaria borboletas por nada nesse mundo).
Tem coisas palpitando dentro de mim, e não é fome. Mas não estou conseguindo organizar ré com crê....e as benditas letras se safam a todo o momento.


Enfim, vai ver que esses sentimentos antagônicos devem ficar aqui dentro, ou simplesmente eu acorde as 3h00 da madrugada com todas essas letras azucrinando minhas ideias, como se fossem um príncipe encantado despertando a princesa do sono profundo...hum, melhor deixar papel e caneta debaixo do travesseiro...