quarta-feira, 22 de abril de 2015

Os sons do coração

Eu sou daquelas que prefere as emoções intensas, sejam de alegria, sejam de tristeza.

Prefiro a intensidade do momento, do que o chove não molha do fingimento de que está tudo bem.

Se estou alegre, estou de verdade, não preciso ser tímida pra sorrir, pra gargalhar, pra pular no meio da rua, dançar os passinhos descompassados que a felicidade extrema provoca na gente.

Se estou triste, me deixe chorar por horas a fio.
Me deixe reclamar por um dia inteiro...

Se estou com raiva, estou por inteiro, quero matar um ou dois, quero esfolar a cara de uns vários pelo asfalto quente...

Não tenho meios sentimentos

Não consigo conter a expressão

Odeio com a mesma intensidade com que amo...

.....mas amo por mais tempo ou eternamente.

Odeio por quase um segundo, ou um segundo e meio...

Tenho rompantes...fico surda...fico cega...o toque me enerva, o pedido de calma me enfurece..
Odeio injustiça,não mais do que a mentira.

Talvez seja mesmo orgulho, impotência diante de tanta podridão de egos exacerbados...mentes pequenas e perturbadas por falta de amor.

E lá vem o amor...
Ele me desmorona pra me reconstruir.

Pra fortalecer minhas bases e me devolver os alicerces.

Ele me tira o véu dos olhos, é música pros meus ouvidos.

Mesmo quando quero que ele cale a boca e deixe eu gritar que quero explodir, que quero soltar uma granada ...

Mesmo agora quando escrevo e tenho vontade de gritar minha raiva...de chorar meus monstros... O amor ainda assim me derrota, e me faz vencer minhas contradições emocionais...

Dos limões ....as limonadas

O amor pacientemente tirando a agulha do palheiro das minhas iras mais profundas

Me fazendo doer todos os ossos ... todos os poros...pra me libertar de tamanha tristeza...

O grito não se cala...se esvai...de maneira que eu possa crescer, ele me faz ouvir todos os meus gritos interiores...com a musicalidade suave que só o amor é capaz de entoar.