No dia que eu retribuir maldade com mais maldade, eu falhei
na vida.
E isso não quer dizer que eu seja capacho, sangue de barata
ou qualquer um dos adjetivos que o povo acha que pode usar pra diminuir as
pessoas que preferem paz.
Obvio que eu sei brigar pelos meus direitos e dos que eu amo
Obvio que eu sei me posicionar diante de coisas que eu não
aceito
Eu dou um boi pra não entrar numa briga, mas uma boiada pra
não sair dela
O fato é que eu não vou usar de maldade pra me sobressair ou
me vingar
E eu acho vingança uma coisa muito pequena.
Se você quer reagir, então reaja, mas vingança é tão... tão
....bahhhh
Então, se valer a pena eu brigo, se eu souber que aquilo vai
me levar a algum lugar, que vai me dar outra visão ou me fazer pensar em algum
erro que eu tenha cometido, eu brigo...
Se não, meu camarada, me deixa
Me deixa usar meu tempo e energia pra algo interessante
Me deixar usar meu presente diário divino pra fazer coisas
que façam meu olho brilhar, que me traga memórias que me façam sorrir, que eu
tenha a companhia de pessoas caras, de fala boba, de riso solto.
Dane-se se vão achar que eu “deveria ter que”.
Eu não deveria ter que nada
Me poupe de ter que ouvir “ah se fosse comigo”
Se fosse com você, meu bem, faça o que bem entender
Se eu pedir sua opinião, ainda assim não sou obrigada a “ter
que nada”, opinião eu peço pra tentar conhecer outras alternativas, mas quem
decide, no final, sou eu.