Quando a gente tem filhos, nossas referências mudam, nossos
atos e posturas passam a
ser vigiadas e tudo, absolutamente tudo que fazemos se
reflete e até compromete neles.
Mas quando o assunto é sentimento, nossas tristezas perdem a
potencia diante de uma
tristeza deles.
Assim como nossas alegrias se elevam a enésima potencia
quando eles estão felizes.
Deixamos de ter nome próprio pra ser a mãe de
fulano, o pai de ciclano.
A dor de um filho, física ou emocional, atinge nossos
corações como uma flecha. Mas o
paradoxo dessa dor, é a força que nos toma o
corpo todo, querendo fazer algo pra que ele
se cure.
Eu confesso, muitas vezes achei que não fosse capaz de
conseguir resistir aos momentos
de tristeza pelos quais ele passou e ainda
passa.
...meu filho tem os olhos mais expressivos que eu já vi
nessa vida. Eles são, pra mim,
literalmente os espelhos de sua alma e ver seus
olhos tristes.....e não tristes porque não
conseguiu ganhar um brinquedo, mas
tristes na alma....é de uma dor descomunal.
É tão latente.... me enfraquece, mas me fortalece.....me
desespera, mas me concede a fé,
a fé que eu tanto prezo em mim, que propago...
Ver seu esforço pra não demonstrar a tristeza pra não me
magoar....me emociona, mas eu
vejo, olhando em seus olhos tão lindos, que ele
suplica ajuda, que ele precisa de mim
mesmo querendo que eu não me aproxime, porque ele pode sucumbir a
dor.
Dizem que mães tem a força de um leão pra proteger seus
filhotes....estou alimentando
minha alcateia pra não esmorecer.
Desistir não é uma opção, aliás, desconheço essa palavra.
O amor cura, é meu
mantra....e não vou parar até que seus olhos, tão lindos, voltem a
brilhar, da
mesma maneira de quando era um guri, meu guri, correndo pela casa, gritando
de
alegria com vontade de voar.
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