terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Versões de seus verões

 

E lá vai ela no auge de seus verões

Com as marcas da vida no corpo, na alma e no coração...

As marcas de quem vive e não apenas está passando, de quem escreve sua história, lê e edita o que sabe que é preciso, mas que se orgulha de todos os capítulos.

Que grita, chora, ri, gargalha, abraça, bate, afaga...

De quem dança na chuva porque não tem medo de se molhar, pois não é feita de açúcar, mas é doce no olhar.

As marcas dos passos no chão de areia que muitas vezes pisou, pisoteou e depois fez castelos pra água derrubar

 Castelos que um dia, bem lá longe, ela acreditou, mas depois da ruína, só fez foi brincar, como criança que nunca viu o a praia... pegou baldes e baldes, mas não se deixou mais afogar

 Lá vai ela, que não desacreditou, mas não se iludiu com as flores anônimas da paixão

 Que aceitou o perfume das rosas, mas reconheceu os espinhos e permitiu alguns arranhões, mas jamais os cortes profundos

Tinha as feridas já cicatrizadas quando sentiu a ardência querer crescer

Lá vai ela que diz não ter mais sonhos, mas realiza alguns quando acorda, afoga outros quando deita...

 Tem coisas guardadas no peito, mesmo quando fala demais com boca, cala com o coração

 Vai

 Segue em frente, se banha no mar, sente a brisa do amanhecer, sente o vento do entardecer... anoiteça com a luz da lua e brilhe como as estrelas.


Vislumbra o céu que habita teus amores, espera mais uns anos para reencontrá-los

(por favor)

 

Deixa a gente sentir esse terremoto do seu ser

 

 Eu te amo ❤️