terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Art Nouveau


Teu cheiro me inebria, me entontece e eu faço referência musical porque do seu lado eu 

sou toda arte...

Sou abstrata, art nouveau, cubista, expressionista, realista, rococó

Sou toda som...

Sou jazz, pagode, rock, hip hop, pop, blues, soul...

Sou da cabeça aos pés, o amor

Sou metade loucura, metade emoção

Sem razão

Porque viver me tira do chão, onde eu nem mesmo sei onde pisar

Porque ao seu lado eu flutuo.

E num impulso me atiro nos seus braços

Agarro, enlaço, amasso

Enrolo os dedos nos teus cabelos e sussurro uma canção em lá maior

Nos teus olhos castanhos eu me perco

E te acho mais bonito a cada entardecer

Esse teu corpo moreno, menino faceiro, meio intrigante, que faz meu mundo parar

Perco o ar...

Respiro imensidão

Adormeço no teu aconchego

Amanheço na paz do teu sorriso

E num romantismo louco eu digo:

Ei menino...é teu meu coração


quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Ventos do Pantanal


Os ventos do Pantanal sopraram nos meus cabelos

O sol dourou minha pele e o cheiro de mato inebriou meus sentidos

Eu estava lá

No coração da cidade branca

Me reencontrando

Cada som despertando emoções

Uma saudade de algo que nem sei o quê...

Piso naquele solo e é como se minhas raízes se embebedassem do Rio Paraguai

O rio que leva e lava a alma de todos que nele se banham ou apenas o apreciam

O entardecer poético que meus olhos vislumbram marejados, agradecidos por 
tanta beleza

Piso naquele solo e sinto penetrar pelos meus poros a energia vital, a força, a 

vontade de continuar ...

Meu coração dispara, quase para...

Do outro lado do rio vejo cores

Do outro lado do rio vejo vida

É de lá que eu venho

É pra lá que eu vou quando sonho

É lá que sempre estou quando fecho os olhos ouvindo passarinhos

Meu suspiro de saudade

Meu sorriso de lembrança

Na minha eterna alma de criança

Corumbaense de nascença

Alço voo com o tuiuiú

Pelo lume de estrelas que brinda a noite sul-mato-grossense

O sangue pantaneiro transbordando em minhas veias