quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Seu eu em mim em Machu Picchu

 
Vem cá, menina. Senta aqui que preciso te contar uma coisa... algo que faz parte de você, de mim, de nós.

Seu eu em mim

Meu eu em você

Nos encontramos depois de alguns poucos longos anos.

Nosso olho finalmente vislumbrou nosso sonho, de pertinho, tão perto que deu pra tocar.

Sim, senta aqui, quero te contar o que vimos e sentimos daquilo que desejamos.

Se minha voz embargar e a lágrima rolar, não se espante (como se você  não fosse também chorar)... é da emoção de poder te contar que estivemos lá.

Eu suspiro... deixa eu respirar, não que eu precise de tempo pra lembrar, nada será esquecido, mas preciso tomar o folego que o choro rouba.

Quando olhei pela janela, ainda não podia acreditar, mas a vista foi se concretizando diante de nós, não era mais um sonho, menina.

Me vesti de juventude, a sua, e andei cada passo lentamente na minha mente pra te mostrar tudo que eu avistava... era deslumbrante, era fascinante, era real!

Menina, esse seu olhar arregalado tomou conta do meu e o seu sorriso rasgando a face tomou conta do meu e chorei ali, na porta que levava ao nosso paraíso, segurei na mão do nosso amor e fui.

Mas ainda não era o tudo...não, não, não... diante dali tinha mais e nossa foto se revelou, saiu da imaginação, tomou forma, tomou cor, tornou vida.

E eu toquei cada pedra que pude, olhei cada espaço, cada cantinho do céu, deitei na grama, abri os braços e gritei dentro de mim: ESTAMOS AQUI!

E a gente se deixa chorar porque a história não terá fim enquanto eu puder contar. Agora ela é nossa.

Guardei na retina as cores

Guardei nos pulmões os odores

Guardei na boca os sabores

E na minha alma libertei as emoções

Seu sonho foi realizado junto com o meu porque foram nossos!

Obrigada por me esperar.



Agradeço imensamente ao meu amor de vida, meu companheiro, meu parceiro que "nos"  presenteou com essa viagem mágica, inesquecível e tão significativa. Te amo, Rodrigo.







 
 

terça-feira, 9 de agosto de 2022

O senhor das pedras

 

Você veio até mim com pedras na mão

Eu venho até você em nome do senhor das pedras”

Essa frase ecoa diariamente em minha mente desde que a ouvi. 

Uma mensagem enviada por uma entidade muito importante na minha vida, que me conduziu até aqui e me fez conhecer a espiritualidade na sua essência, que me “desenvolveu” e ensinou sobre os valores do amor Divino, de Zambi, do nosso Pai Oxalá.

Das semeaduras e colheitas da vida

Do livre arbítrio

Do amor ao próximo, a caridade sem vaidade

Através dessa entidade eu baixei a cabeça para aprender e seguir sem pestanejar,  Fé.

Oxalá mandou seus anjos para me guiar e Seu Pele Vermelha para me ensinar a aprender com as minhas próprias entidades.

A frase acima me mostra o quanto somos suscetíveis a agir na vingança, na arrogância de sempre querermos ter razão, a revidar...

Enquanto muitos nos atacam com pedras, nós Umbandistas devemos falar em nome do Senhor das Pedras, da Justiça Divina, a que nunca falha, a que nos permite evoluir, pois Oxalá na sua infinita bondade nos permite aprender com os erros e quando não aprendemos, o sofrimento é nossa escolha e não dele. 

Não é Ele quem nos aponta o dedo e nos faz “pagar”, são nossas escolhas. 

Não existe um Deus punitivo, os karmas são impostos por nossas ações diante das situações.

Quando nos jogam pedras temos algumas escolhas: desviar, usá-las como degraus, devolvê-las...

O Senhor das Pedras está para quem sabe usá-las com sabedoria.