De vez em quando minha alma pega um pincel e colore céus,
mares, flores e estradas
Outras vezes a raiva usa um carvão e sai rabiscando toda a
tela, cada canto, cada mísero
canto
Muitas outras a tristeza borra tudo com lágrimas
Tantas vezes foi um dilúvio ...
E diversas vezes a felicidade invadiu e fez da aquarela as
cores mais fortes, os tons
vibrantes se misturando numa balé envolvente
E quando a agonia se fez presente...o balé girou sem rumo e
sem par... bailarinos
desgovernados num grande palco
Mas também dançou a esperança, juntando os pincéis,
desatando as sapatilhas,
desembaraçando os tules da saia rodada
Entre dias nublados, nem tudo foi frio....
Entre dias ensolarados, nem tudo foi calor
Dias ou outros o sorriso amarelou, o coração sangrou
A ponteira da sapatilha falhou e fez calos
Respirei fundo (suspiro)
Um sopro
Vamos lá de novo
A música ainda não parou
O show em que continuar