segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

50 tons.... minha opinião

Os 50 tons...



O assunto do momento é o livro, ou melhor, são os livros (trilogia) de E L James, 50Tons de cinza; 50 tons mais escuros e 50 tons de liberdade.

Há um temo eu ouço falar disso o tempo todo, as mulheres enlouquecidas pelo tal de Christian Grey. Eu já nem tinha mais assunto na rodinha de bate papo, não entendia do que elas tanto falavam...pois sim, resolvi entrar nesse universo quase que totalmente feminino (sim, alguns homens leram) e pedi emprestado o primeiro, para minha amiga Dyana. Todas as recomendações que ouvi foram: é de tirar o fôlego; você vai ficar subindo as paredes, você vai enlouquecer com tantas cenas picantes.

Ok, ok, calma aí gente, eu vou ler, vamos lá, quero experimentar isso aí que todas estão dizendo. Bora ler o 50 tons de cinza.

Peguei emprestado numa quinta, terminei numa segunda...5 dias, considerando que li algumas poucas horas por dia, nada de ficar o dia todo lendo, nem dava....são 450 páginas e minha visão se transformou completamente.

Eu pensei, não pode ser o mesmo livro que tanto falam ser pornográfico.

Ou eu sou muito, mas muito romântica, ou o livro não tem praticamente nada de pornográfico, erótico sim, mas ainda assim, nem de longe algo que faça “subir pelas paredes”. Vi sensualidade, erotismo, fetiches, sim...tem isso sim. Mas, pra quem já passou dos 35 e vai lembrar, nas bancas vendiam os romances “Sabrina”, “Bianca” e outros nomes que não me lembro, mas me lembro bem que eram muito mais eróticos que isso no 50 tons...Até Nelson Rodrigues consegue ser mais erótico, e talvez até pornográfico, que o livro. Sim, ah sim.

O livro me fez chorar diversas vezes...e me disseram que esse nem é o mais mais...vou me debulhar em lágrimas nos próximos.

Então, eu repito, devo ser muito romântica pra ter tido uma visão diferente das demais leitoras.

É romance puro, um romance lindo, um amor, uma entrega, uma paixão, conflitos emocionais....nossa...ele ser sádico é o de menos na história, ou de mais, justamente por ser quase um paradoxo de emoções...como um cara sádico pode ser romântico, carente, inseguro? Sim, é isso que o tal Christian Grey é! Um homem frágil emocionalmente, carente de amor, carente de sentimento. Por trás dos belos olhos cinza que a escritora descreve, há um homem sensível que se apaixona e não sabe lidar com isso, não tem noção de como é amar e é esse o ponto pra mim. Me senti sensibilizada com a história, pelo menos nesse primeiro livro, por perceber que há vários Christians Greys espalhados por aí. Eu mesma conheço um tanto. As pessoas são carentes e de certa forma se escondem por trás de uma máscara, fingindo ser independentes emocionalmente; Fingem que não precisam de nada, nem de ninguém porque a carência de amor é tão absurda! As pessoas tem medo de demonstrar o que sentem porque não sabem como o outro vai reagir, se vai reagir bem ou não. E é nesse não reagir bem que se agarram e se protegem com uma carcaça dura que não deixa passar nada de sentimento. E isso vira uma bola de neve. Um se protegendo do outro e não deixando entrar nem um tiquinho de amor, nada, todas as frestas fechadas....

E quando encontram alguém que reage bem...não sabem como fazer... e o amor se banaliza, escorre pelos vãos e a possibilidade de viver uma grande história, vai por água abaixo....

Bem, há ainda uma chance de Christian Grey aprender, é ficção....tudo é possível.

Dera fosse assim aqui desse lado de fora do livro e a gente não precisasse sofrer tanto pra aprender...

Amar me parece tão simples....

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Um suspiro a mais...

Hoje não vou escrever nada pessoal, apenas algumas frases de escritores que admiro, me inspiram...o que não deixa de ser pessoal, afinal....


"...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. (Manoel de Barros)


"Sou como Edith Piaf, Je ne regrette rien" (não lamento nada). Fiz o que quis e fiz com paixão. Se a paixão estava errada, paciência. Não tenho frustrações, porque vivi como em um espetáculo. Não fiquei vendo a vida passar, sempre acompanhei o desfile." (Mario Lago) - A passarela sempre me fascinou.


"O tempo não pára! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo..." (Mario Quintana) - A saudade para tudo...


"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca." (Clarice Lispector) - Ah, eu poderia ficar horas transcrevendo os poemas e citações de Clarice, a loucura dela me inunda a alma. Me desvenda, me revela, me tudo.

Mais Clarice, então..."Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."


"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."


"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão poerfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade." (suspirando nessa leitura)

.....

"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar." (Carlos Drummond de Andrade) - Eis Drummond...

  "Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha de ser justo amor, meu Deus?" - (Caio Fernando de Abreu) - Por que, meu Deus??!!!

"Tenho juizo, mas não faço tudo certo, afinal todo paraíso precisa de um pouco de inferno!" (Martha Medeiros) - Insana....será?

  E pra fechar...um suspiro a mais

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." (Fernando Sabino)

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Mosaico

Ontem eu postei uma foto minha no perfil do facebook, achei no meio das minhas coisas/arquivos e coloquei lá. Na verdade não é uma foto, é uma montagem, um mosaico de mim. Quem fez foi o inesquecível amigo Vadão.

Vadão era (sim, era) o tipo do cara que todo mundo queria por perto. Tinha sempre uma piada pronta e se não estava pronta, ele aprontava. Uma simpatia estonteante. Era (sim, infelizmente era) um cara boêmio, tocava violão, cantava, tinha tido banda nos anos 80, experimentado de tudo na vida, menos o que ele dizia sempre, não tinha experimentado a morte. E ele era assim todos os dias. Em 5 anos de convivência, não me lembro de te-lo visto de mau humor. As vezes mais quieto, na maioria das vezes quando estava criando alguma letra, uma tirinha (ele escrevia tirinhas pro Mauricio de Souza), ou quando queria preparar uma surpresa pra alguém. Tive a honra de receber algumas surpresas dele.

Uma vez ele queria gravar comigo, vamos cantar, e lá fomos nós pro estúdio improvisado na casa dele, no meio das montoeiras de coisas que ele tinha e tinha de tudo.

Qual vai ser Vadão?

Sei lá, vamos de Laura Pausini. Fomos num dueto de Laura Pausini no Tra te e il mare.

Ficou show!
Vamos de mais, vamos de Shania Twain...
Caraca Vadão, Shania tem agudos que não sei se eu alcanço.
Vai na sua, a música é dela, mas a voz é tua.
Fomos, num outro dueto You’re still the one. Ficou lindo, eu confesso, até eu me emocionei com o que cantamos. Ficou gravado na minha memória e pra ele numa fita que provavelmente alguém achou, ou não...

Os anos e os acontecimentos separaram nós dois. O que era um noivado (muito antes das canções) virou uma amizade absurda e o que era uma amizade absurda virou uma eterna admiração porque as vidas são assim, se cruzam, depois se separam.

Até o dia que meu telefone tocou, minha mãe no seu jeito italiano de ser, não sabendo dar noticia sem ser na lata: Vadão morreu.

Como assim, Vadão morreu? Vadão não morre, Vadão é eterno, imagina..Vadão é vida, mãe...ele não faria isso com as pessoas.

Mas sim, ele fez, filho da puta (perdão pelo palavrão), ele fez! Num dia qualquer de um ano recente, Vadão nos deixou. Deixou filhos lindos, netos lindos, amigos lindos.

Quem acreditaria que ele faria essa piada com a gente?! Ninguém ali acreditava, mas até nisso ele era autêntico, morreu e morreu de verdade.

Não sei porque hoje lembrei dele, sinceramente não sei....mas como ele mesmo me dizia: Menina, você é de uma fé tão inabalável que até Deus duvida que você tenha tanta fé...

Tenho sim Vadão e vai ver que foi por isso que lembrei de você hoje, porque olhei pro céu, pra essa chuva que não parou de cair o dia todo e num momento de fragilidade senti a fé me invadindo de novo...foi isso. Simples assim, por fé!

Meu eterno amigo.

Divirta-se!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Semáforos

Ok, você venceu, batata frita...


Foi assim que acordei hoje, conversando com meu despertador.

Levantei naquele ritual, sinal da cruz, os dois pés no chão e um “obrigada meu Deus por mais esse dia”.

Me coloquei em pé...cadê a Brook??? Danada, dormiu fora de novo!!

E pronto, o dia começou. Uma chuva que Deus mandou, nossa, como chove hoje!

Num dia de muita chuva e trânsito, a tendência é ficar estressado logo cedo, mas até que eu não cedi ao que seria normal. Mas confesso que estou mais pra dentro da casinha hoje...sei lá...umas coisas na cabeça, outras no coração, outras no pé...preciso fazer as unhas.

Estou bem ansiosa pela viagem, eu tenho muito medo de avião...não de altura, de avião mesmo, de não ter pra onde ir se acontecer alguma coisa, aquela historia de sempre que o povo sabe que eu sinto...só de falar o coração acelera, respira...inspira....respira....inspira...

Nesse inspirar e respirar...quanta coisa muda num simples e curto espaço, entre um suspiro e outro....quantas surpresas a vida revela em poucos segundos.

Tive algumas esses dias...boas...não tão boas...depende do ponto de vista de cada um.
No meu ... não sei.... sinceramente eu não sei.

No meio do trânsito terrível de hoje ouvi a música que mais amo nessa vida, e olha que eu sou musical do dedinho do pé até o último fio de cabelo, ouvi a “minha música”, aquela que ouvi a primeira vez quando tinha uns 9,10 anos...ouvi e vi o clipe pela primeira vez e me apaixonei pelo cantor e pela música, até hoje eu me arrepio ao ouvi-la. Ah! A música, claro, Careless Whisper – George Michael. Aumentei o som, revi o clipe, deixei o som fazer a festa dentro de mim, que delicia essa canção, como eu gosto dessa música, não é um pouquinho, é um tantão...opa, essa é outra poesia, não vem ao caso agora...infelizmente...

Nessa de misturar as poesias que costumo fazer pra quem eu gosto, fiquei pensando, de novo, em como as coisas mudam num espaço curto de tempo...a vida passa tão depressa, pra que complicar? Eu sei, eu sou complicada também, mas acho que meu erro é ser inteira...talvez eu devesse ser metade....

Uma demência afetiva....é isso que a gente vive hoje em dia. Num dia se mostra o coração, no outro o ponto de interrogação. Que loucura. Quando tudo parece que vai, deixa de ir e simplesmente não é mais.

Como eu disse outro dia em outro texto, as pessoas são substituídas com muita facilidade....ninguém mais quer perder tempo em conservar, não serve...troca. Esse negócio que dizem: a fila anda...parece que é bem pior do que se fala, acho que a fila não anda, não...ela corre, voa.

Bem, a música estava quase no final, eu pouco tinha avançado no trânsito, tudo parado! Dancei um pouquinho como o George dança no clipe, cantarolei as últimas palavras...
Em seguida a notícia do trânsito, grande novidade...eu to sabendo que tudo está um caos...tudo mesmo, tanto fora do carro, quanto dentro do carro, tanto nas ruas de São Paulo, quanto nas ruas do meu coração....haja semáforo fechado nessa via. Preciso renovar minha carteira.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Paleta de emoções

Às vezes percebo que os sentimentos estão ficando descartáveis, as qualidades são inferiores aos defeitos e qualquer coisa que seja discordada vira motivo pra não ser mais.


As conversas abertas, sinceras e até discussões são jogadas pro canto, pra dar lugar a frase: “não dá mais”.


Ninguém mais consegue esfriar a cabeça pra resolver os desassossegos da relação.


Se fosse tudo sempre perfeito....mas não é. Pessoas são diferentes, pessoas sentem diferente e isso não se intitula certo ou errado pra um ou pra outro. Mas o amor, a vontade, a verdade da alma deveria superar o que às vezes não se entende logo de cara e as duvidas deveriam ser postas à mesa, desnudar as almas de orgulhos bestas, de medos do escuro, porque no escuro também existe o sentimento, o mesmo que na claridade...são os olhos que ficam cegos.


Muitas vezes a vontade é de gritar mesmo, de mandar tudo pro inferno... e daí o sentimento desmorona numa briguinha boba, num mal entendido, numa crise de ciúme de um, numa má interpretação de outro.


Não, não faço apologia ao sofrimento e às relações de aparência, mas sou a favor do dialogo, do bom senso, do ouvir e não só escutar, do procurar entender, da empatia*, do “vamos conversar”.


Tudo tem ficado tão descartável, pessoas são substituídas na primeira dificuldade, no primeiro movimento que não vai de encontro ao seu e esquecem o que realmente é....o sorriso, o olhar, o toque...


Casais se trocam como roupa fora de moda porque um botão não “combina” mais e esquecem que o botão, antes, fechava o casaco e protegia do frio..


O frio agora ultrapassa os tecidos, tem congelado os corações.


Bastava, talvez, apenas reforçar a linha do botão, bastava, talvez e apenas, o bom ser maior que o ruim, o bem ser maior que o mal... Bastava, apenas e talvez.... dar valor às tintas espalhadas pela paleta, construindo a tela e não dar valor somente à obra final.


Artistas do amor escolhem as cores, recriam paisagens, observam ao redor, não desistem no primeiro cavalete quebrado.


*EMPATIA: Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa imaginando-se nas mesmas circunstâncias. (www.dicionarioinformal.com.br)


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Jóia rara!

Gente, pára tudo...acabei de ler uma matéria (através do meu amigo Paulo Rehder), que fala sobre uma americana que cobra US$ 60 a hora, presta atenção, A HORA, pra dormir de CONCHINHA!!!

PRA DORMIR DE CONCHINHAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA?????

Onde eu desço, por favor, tem algum ponto dessa vida que eu possa descer e começar de novo??

Não é possível que exista esse tipo de....de...como dizer...serviço??? Como assim??

Deixa eu ver se entendi, li a matéria de novo....ela se intitula como : aconchegadora profissional....conchinha (do agora verbo conchinhar) qualquer pessoa, de qualquer idade, faz um mimo, às vezes lê para a pessoa, dá colo...

Diz que tem regras de não poder tocar, está sempre de pijamas, etc.....

Estou incrédula...não pode ser que alguém pague por isso!!!

E eu aqui pensando: cacetada, como é que alguém chega a esse cumulo de carência!?!?!? Nem eu nas minhas piores depressões, fossas e finais infelizes fiz ou faria isso, contratar um abraço!

Eu não sei se acho graça ou me revolto.

O mundo é recheado de pessoas, todo mundo procurando sua "metade" (eu nunca gostei desse termo, mas...) e existe amor, não é possível que precise chegar a esse ponto.

Conhecer pessoas, se relacionar não é fácil, ainda mais hoje em dia onde muitas coisas perderam o valor...o valor de um abraço de verdade, de carinho, de afeto...agora é cobrado em horas - SESSENTA DOLARES pra ser mais exata!

Eu, euzinha, considero que pessoas assim tenham algum problema, não pode ser só carência porque, veja só, carente muita gente é, inclusive os que tem maridos/mulheres, namorados/afins...mas daí a toda vez que ficar carente PAGAR por um abraço, um aconchego, uma conchinha?? E o sentimento??? E o bom de ser quem a gente gosta? E se não tem quem nos ama...tudo bem, eu fico com o pote de sorvete, com o porre no boteco, do que me sujeitar a "deitar" com uma pessoa que eu nunca vi na vida, receber um carinho COBRADO....afe...que tristeza do Jeca.

Se isso virar moda ninguém mais vai namorar, casar, ter filhos...vai todo mundo pagar por umas horinhas de chamego e pronto...o amor vai pro beleléu...

Desse jeito eu não vou casar mais?? Ah não, guenta aí, nem vou espalhar muito mais essa matéria, não quero ficar solteira não! Pó pará! Já tá difícil arranjar alguém que fique comigo, só comigo, direitinho, bonitinho, (eu sou careta pra essas coisas quando eu gosto). Eu quero namorar, quero um chamego, um cheiro, uma conchinha de um homem que seja meu e não de qualquer um. Não, tá errado! A guria pode até pagar os estudos dela às custas da carência alheia, mas não acho certo. É a mesma opinião pra prostituição, acho o cúmulo pagar por sexo...gente, eu sou careta messsmo tá, em se tratando de amor/sentimento, eu sou careta sim, pra mim sexo está associado a sentimento, nem que seja um sentimentozinho, mas tem que ser...Pagar??? Não, tô fora. Tenho dó, é só o que posso dizer. Mas olha, isso é opinião minha, cadum cadum!

Prefiro ficar só do que mal acompanhada, mesmo nas piores noites chuvosas, de invernos tenebrosos.

Conchinha?? Só se tiver uma pérola dentro, vazia...não quero não.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Rascunhos

Não esqueci de você não, blog...é que ando numa correria danada de trabalho e médico e filho e mãe e quiprocós...mas to viva.


Tem um montão de rascunhos do que eu quero escrever, tudo salvo no meu desktop....pela metade, eu começo, paro, volto, recomeço, mas depois paro de novo porque o tempo aqui nesse hospital não passa voando, passa num cometa...socorro!


Tem rascunho sobre minhas ultimas gafes..umas eu só cito que aconteceram, mas não detalho porque até pros mais amigos eu tenho vergonha de contar...são micos imensos...daqueles que só eu mesma pra cometer; Tem coisas do meu trabalho, quando me sinto sensível demais aos acontecimentos com os pacientes, das criancinhas que passam pelo corredor indo pro centro cirúrgico, chorando, pedindo a mãe...dos pais que entram aqui pra resolver assuntos burocráticos de medicações que precisam de tantas autorizações pra liberar que dá até agonia, porque a doença é rara, mas a fé desses pais me emociona. E é fé de verdade, não daquelas que parecem que são, mas não são. Uma fé que vi nos olhos daquela mãe outro dia, que me arrepia só de lembrar. A medicação chegou, fiz toda a papelada, assina daqui, assina acolá e quando o enfermeiro foi levar pro andar, pro médico aplicar, os pais pediram pra orar colocando as mãos sobre a caixa de isopor, remédio controladissimo....pedi pra rezar junto, baixinho, na minha crença, pedi de coração por todos, pra todos os santos que conheço, depois ela me abraçou e disse: “vou voltar aqui pra dizer que minha filha está bem”; Ela voltou, a guria melhorou e eu chorei....de felicidade...vai ver é por isso que não consegui ser médica, eu ia me sensibilizar toda hora....mas eu acho magnífica essa profissão.


Tem também rascunho do dia que fiquei emputiada com uma fofoca horrenda que fizeram....ai que me deu vontade de esfregar a cara do sujeito no asfalto quente, pra largar mão de ser besta, mas a raiva passou...tomei a atitude necessária e pronto...já saiu de mim esse sentimento pequeno...ufa!


Tem um que fala do reencontro com uma amiga, não um reencontro de “faz tempo que não vejo”, mas sim de sintonia. Estávamos meio afastadas por conta de um monte de situações, nenhum pessoal, e agora conseguimos nos reencontrar.


Ah!!!! E minha viagem!!! Logo mais irei com Felipe pra terrinha! Era pra ficarmos em Campo Grande, com minha prima e o filhote dela, mas ela teve um imprevisto. Eu e Felipe pousaremos em Campo Grande e ela vai nos buscar pra irmos pra minha amada terra natal, Corumbá!!! Nossa, como gosto daquele lugar. Não tem naaaaada de “extraordinário”, dependendo de quem vê....mas pra mim tem uma coisa que não sei explicar....Cidade pequena, pequena demax, mas amo! Amo o cheiro, amo o céu, o sol, o rio, os tuiuiús....amo tudo! E logo estaremos nos aquecendo naquele sol de 40º!!


Falando em temperatura, dia desses eu estava escutando o futebol no rádio do carro, timão (êoooo) e quase tive uma sincope...o radialista disse: “e nesse momento faz 34 GRAIS em São Paulo”...Hã??? Como ?? Grais??? Nãããããão!!! É de chorar. Tudo bem, eu já disse, não sou nenhum professor Pasquale, eu atravesso a gramática muitas vezes, desvio colocações verbais, mas GRAIS????!!!! Aí o calor até aumentou, água pelo amor de Deus!!!


Enfim, tem um tanto de coisas que eu estou riscando e rabiscado, falando nisso....quer me ver feliz?? Esses dias me deu na louca, aquele calor em casa, eu sem poder ir pra academia (agora já posso, o médico liberou) peguei umas tintas, uns tecidos e me meti a pintar...quanto tempo eu não fazia isso!!! Anos sem desenhar, anos sem revirar meus pincéis....por que será que eu demorei tanto pra reencontrar esse prazer???


Outra coisa que me deixa feliz? Essa eu fiz ontem... Mexer na casa... Armei a furadeira e lá fui eu colocar as prateleiras que precisava na cozinha. Me sinto a Lara Croft da reforma, furadeira em punho, parafusos e martelo!! Feriado essa semana, vou aproveitar pra pintar umas paredes, o portão e colar as placas emborrachadas no quintal, vai ser trabalho árduo, mas eu adoro fazer .


Enfim, tenho um tanto de coisas pra escrever.....


Opa...acho que escrevi demais já, então tá... Bóra pra mais uma semana!


Ao infinito e além!!!!

(pra fechar esse post, uma ilustração que adoro, e tem várias dele que adoro, de Romero Brito)


sábado, 27 de outubro de 2012

Nova paixão....




  1. E de repente eu percebi João Vitor....


                     Senti João Vitor...

                                         ........ quase toquei João Vitor


                                E ele me pareceu um anjo iluminado, de beleza e cor


    E senti o cheirinho de paz no ar...


                    No brilho dos olhos do menino, que ainda nem veio, mas já nos pertence...


    E de tao pequerrucho e já amado, nos meus sonhos ele sorriu...


                                          um sorriso de covinhas e charme


    E eu consegui, mais uma vez ,acreditar na presença de Deus em nossas vidas!


    Abençoado seja você, meu pequeno João Vitor!


    Sua dinda!


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Uma pausa, dois pontos

Me arrepia a alma, me ilumina o ser.


Eu quero dar um grito


Eu quero "morrer" num suspiro


Eu quero um passo no abismo e criar asas de um sorriso


Não quero que seja cedo


Não quero deixar pra mais tarde


Não quero só mais um beijo


Eu quero me emaranhar nos lábios desse desejo


Não preciso, mas me entrego


Não quero me sentir presa


Eu quero me agarrar a você


Não quero, mas anseio


Não quero navegar no mar,


Eu quero me afogar no oceano


Não quero voar sobre a cidade


Eu quero “voar ao redor no mundo”


Não fico triste sem você


Eu sou mais feliz ao te ver


Um fôlego... me falta a voz


Respiro....


Não quero mais um poema


Quero enciclopédias


Não quero mais uma música


Quero um repertório


Não quero a lembrança do passado


Mas me relembro em seu abraço


Uma pausa, dois pontos:


Desejo amar você.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Calçados de Vento

Eu sou uma menina assim, meio sem limites pra emoção, simples na vida, de ambição moderada, mais pros outros do que pra mim. Gosto de palavras em frases confusas que os poetas de alma entendem, justamente porque são sem sentido, mas que fazem sentido pra quem sabe ler.

Eu tenho muitos conhecidos, poucos amigos e gosto de colher sorrisos por onde passo. Não sinto vergonha de sorrir, nem pra um gerente, nem pra um aprendiz.

Minha casa é modesta, mas me sinto bem dentro dela, porque nada me falta....eu troco o sifão da pia, pinto a parede da sala, troco o gás da cozinha e subo no telhado pra consertar o vazamento.

Minha gata dorme comigo, sobe na pia pra beber água e depois eu sento com ela no chão pra brincar de pega cordão.

Adoro sentar no chão.

As vezes percebo que as pessoas estranham minha maneira simples de ser.

Bem, eu devo dizer que, graças a Deus, eu tenho educação...de alma e de formação.

Afirmo, adoro um vestido longo de festa, um salto alto, maquiagem e brincos, sei me sentar à mesa e comer com os talheres de dentro pra fora, usando o guardanapo e sorrindo. Bebo o vinho com elegância, a água com delicadeza.

Mas admito, gosto muito do jeans surrado e da mesa farta de macarronada com maionese, da cerveja gelada e da falação da italianada, que fala com a boca e com as mãos.

Tenho raízes pantaneiras, gosto do cheiro da relva, da terra batida, de subir no pé de seriguela e ficar toda ralada. Meus pés são cascados, calçados de vento.

Já passei dias no meio do mato, fazendo trilha, vigília, dormindo no barraco e andando com a iluminação natural da lua, tomando banho de cachoeira e fazendo chá de capim cidreira.

Tenho saudade da Juréia, de Bonito, Paranapiacaba e da fazenda Santa Branca.

Me levanto cedo, sou do dia, mas não dispenso a noite.

Tenho poucas manias e superstições: Passo meus aniversários de vermelho e me dou parabéns assim que acordo. Não espero o Feliz Aniversário, abro os braços e digo: Hoje é o meu dia!

Invasiva, intrometida, abusada.... (?) Talvez...

Exagerada em todos os sentidos, quando me calo...nem um piu; Quando falo, desalinho as palavras na pressa de falá-las. Quando choro...viro um rio.

Acho que já sufoquei amigos e amores com gestos impulsivos... Adoro recados no espelho, bilhetes dentro da geladeira e do fogão.

Gosto de abraço, tenho medo de machucar as pessoas, tenho medo de não amar como gostaria...

Sou umbandista por opção, mas aceito todo tipo de oração.

Queria dizer muitas coisas, pra muita gente, pra não correr o risco de partir sem ter dito coisas boas.
Mas pouca gente entende quando falamos coisas do coração.


Gosto de gérberas, adoro joaninhas, sou apaixoanda por cataventos....



E como terminar esse poema, esse relato, essa declaração de estado existencial???



Não sei...talvez com um ponto final...textos têm ponto final.



Fica o ponto do texto...e as reticências de mim....



quarta-feira, 15 de agosto de 2012

30 de janeiro.....

E quem inventou a saudade?? E não quero saber são da palavra..quero saber do sentimento.


Quem ousou inventar uma sensação tão estranha que percorre o corpo da gente e faz perder sono... e faz sonhar quando dorme... e faz o coração disparar quando não pára de pensar????

Aiaiai, mas quem será que foi o “bendito” que inventou que a gente devia ficar contando as horas pro tempo passar e encaixar uns minutos de presença num quadro de horas de ausência???

Quem teve a coragem de fazer isso com pessoa que estava, até então, indo e vindo sei lá pra onde? Aí, de repente, não mais que de repente, um sentimento chamado saudade vem de supetão e tira o sossego??

Quem, em sua sã consciência, faria isso???

Pois sim, pois sim...alguém tão maluco assim inventaria uma coisa que gruda na perna e a gente arrasta pra onde vai.....será?? Será que seria pra fazer a gente sorrir mais?? Hum...sei não...

Talvez seja pra gente ficar feliz quando vê...mas seria paradoxo demais...feliz quando vê e triste quando não vê??

Que raio de emoção é essa que bagunça tudo aqui dentro????

...então que seja....já que é...Saudade de você que voa e me faz voar por aí...



“Diz a lenda que o termo foi cunhado na época dos Descobrimentos portugueses e do Brasil colônia.... Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte”...

Recentemente, uma pesquisa entre tradutores britânicos apontou a palavra "saudade" como a sétima palavra de mais difícil tradução.

Pode-se sentir saudade de muita coisa:

• de alguém falecido.

• de alguém que amamos e está longe ou ausente.

• de um amigo querido.

• de alguém que não conversamos há muito tempo.

• de sítios (lugares).

• de comida.

• de situações.

• de um amor

• do tempo que passou...

No Brasil, o dia da saudade é comemorado oficialmente em 30 de janeiro...”

(Wikipedia)

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Papo de jacaré!

Minha mãe diz que quando eu era pequena e ela me colocava de castigo (e isso quase nunca acontecia...rs..), ela me esquecia lá no cantinho porque eu ficava “quieta”, brincando com os dedos dos pés, das mãos, com os pés da cadeira, conversado com os buraquinhos da parede e até com os bichinhos no chão.

Fiquei imaginando a cena....

E lá eu ficava ate ela perceber que a casa tava silenciosa demais e quando ia me tirar do castigo, me via num estilo “to nem aí”....

Bom, to contando isso porque eu ainda preservo essa mania de falar sozinha, mas eu falo mesmo sozinha, em qualquer lugar...inclusive andando na rua ou nos corredores do meu trabalho, no carro então..vixe. Tanto que eu já cheguei a bater boca com meus eus.....ninguém saiu ganhando, mas tive uma ótima experiência interior.

Eu realmente falo, falo pelos cotovelos, pelas mãos, pelos olhos, pelos poros, falo até ....

Uma vez eu ia encontrar com minha irmã num barzinho e ia chegar antes, daí falei pra ela: “poxa, mas eu vou ficar lá sozinha???” E ele me respondeu: “Até parece que isso é problema pra você, você fala até com a parede....”

É, mas mesmo sendo assim faladeira falante...as vezes também fico calada, gosto de um silencio ... até mesmo pra ouvir melhor....porque as vezes a gente fala tanto e não tem tempo de ouvir, de escutar o que tá ali dentro da gente...e o que disseram em algum momento pra gente...

Confesso que dura pouco, menos do que o falatório, mas é bom...faz bem.

Nesses silêncios eu também já ouvi algumas coisas que não gostaria, que são difíceis de admitir...mas revi e acho que aprendi muito.

Faz um tempo que não brinco de vaca amarela comigo mesma, pelo contrário...dia desses eu estava descendo pelas escadas (não gosto de elevador) e rindo de uma conversa pessoal minha comigo, a porta de um dos andares abriu, cruzei com uma moça que realmente não entendeu nada, só riu...e eu ri, continuei rindo e lembrei de uma música que o Ney Matogrosso canta: “mas louco é quem me diz, que não é feliz...”


Bem, agora vou indo porque preciso ter um papo sério com uma parte de mim..meu estômago não pára de reclamar..... ;  )

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Café da tarde

Ontem eu estava com meus amigos Marcello e Lillian (quantos Ls...) conversando num final de tarde,pós expediente, tomando um café....nessas horas do dia a gente relaxa e só fala "besteiras", mas até que de vez em nunca temos uns insights interessantes...A gente ri, faz acrobacias de Yoga e pilates e ri mais um pouquinho.
Depois cada um pega sua xícara e vai embora...um vai pra casa, outro pro plantão e outro pra terapia do filho...rs..

É, aí é que eu penso o quanto é curioso o universo paralelo.

Cada um tem uma vida completamente diferente do outro e isso acontece com milhares de pessoas no mundo todo....Quantos Marcellos, Lillians e Márcias se reunem num final de dia pra bater um papo informal, depois vão pras suas vidas e têm experiências e sentimentos misturados.

"As vezes eu me deparo olhando em cada rosto, cada um tem seu mistério, seu viver, sua ilusão"

De repente me dá uns estalos e fico observando "as gentes" nas ruas, nos pontos de ônibus, na sala de espera do consultório e em vários lugares por onde passo e penso: Meu Deus, cada pessoa tem um mundo tão seu, uma vida, sentimentos, problemas, alegrias e tristezas...como será a vida dessas pessoas??

E isso me levou a quase não dormir a noite porque me agarrei num pensamento ruim, é, confesso, nem sempre eu tenho pensamentos bons, felizes. Fiquei pensando no quanto a vida é passageira e louca. Conheço um tantão de pessoas...e isso um dia deixará de ser....eu deixarei de ser eu, minha casa, meus amigos, minha gata, minha família....tudo isso um dia não será mais, a gente morre...e por mais que eu acredite em reencarnação, vida pós morte, elo cármico...puxa...fiquei triste de saber que um dia não será mais nada disso.
As conversas no final do dia com os amigos....acordar com a gata fuçando no meu nariz....ouvir a voz do meu filho ... estranha sensação de vazio...de efemeridade...

Fiquei triste porque amo essa vida e de pensar que na próxima terei que começar tuuuudo de novo.....e será mesmo isso? E se for, como será??? Uma noite dificil, mas que me fez dar valor à vida. Deixar de ser pequena em muitas coisas e pensamentos, pra ser feliz...feliz por nada!


sexta-feira, 25 de maio de 2012

E só!

Hoje eu acordei com uma baita saudade.

Saudade de gente (de gentes)!! Saudade de tomar chuva na rua, jogando bola com a gurizada. De subir no pé de seriguela na Popular Nova, de sair correndo do cachorro enquanto andava de bicicleta. Saudade de respirar um ar puro, cheiro de mato, de olhar um por-do-sol dourado refletindo no rio do porto.

Ai que me deu uma saudadade do carnaval de marchinhas, da 1054, da BlackOut.

Uma saudade de cabular aula do Objetivo, do Festival, do menino cabeludo que falou bonitinho comigo antes de me dar um beijo....

Mas uma saudade de não fazer triste, uma saudade de fazer pensar, lembrar, perder o olhar pela janela do carro parado no trânsito matinal da urbana cidade.

E o rádio me ajuda tocando uma musica linda, de embalar meus pensamentos...e o sorriso brota no rosto, espontâneo....involuntário.....inevitável.

Nossa, como sou feliz por poder lembrar e como sou feliz por ter coisas boas pra lembrar e como sou feliz....

Mas saudade não combina com felicidade!

Quem disse isso menina?

Saudade combina com tudo, mas dói....tem vez que é uma dor doída...tem vez que é uma dor sentida...presta atenção, tem diferença...uma tênue diferença....minha saudade hoje é sentida.....tem rumo....

E só!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Touquinha de lã

Ah, essa é boa.
Liga meu chefe hoje cedo, depois dos assuntos profissionais veio a bendita pergunta: "como você está de cobertor de orelha? O final de semana tá propício"
Puxa chefe, tô mal viu...do jeito que anda vou ter que comprar uma touca de lã pra esse inverno.

E daí eu fiquei pensando que as pessoas tem uma certa necessidade de arranjar alguém pra ser feliz, que ter um parceiro/namorado/ficante ou o nome que for, vai fazer o outro um ser mais alegre, mais aceito...bem, que é bom ter alguém, isso é, mas não podemos fazer depender disso nossa felicidade.

Estou solteira e largada, não preocupada em arranjar um certo alguém (até gostaria quando passa um ou outro que desperta a atenção...rs), e estou bem, feliz, um pouco desequilibrada aqui, mais estruturada ali e acolá...mas feliz comigo mesma.
Uma vez eu li um email sobre a felicidade no casamento ou qualquer coisa parecida, onde numa palestra para casais o palestrante pergunta para uma mulher na platéia: "seu marido te faz feliz?", e ela respondeu claramente: "NÃO". Como assim? Não??? Não, ele não a fazia feliz, ela era feliz por si só e o que ele fazia era compartilhar bons momentos com ela.

Bem, eu não sei exatamente o que ela e ele vivem pra dizer se acho certo ou errado, mas concordo que a nossa felicidade depende só da gente. Eu não posso esperar pra ser feliz só depois que encontrar um homem que me ame...seria ótimo, mas isso pode demorar muito (tá feia a coisa..rs), então eu prefiro me manter feliz, saudável emocionalmente pra depois espalhar essa energia pelo ar e aí sim encontrar uma pessoa bacana pra compartilhar disso.
E o que me faz pensar assim é que, na nossa vida passam várias pessoas, amigos, amigas, namorados, chefes, colegas etc etc...só que a única pessoa que permanece ao nosso lado...somos nós mesmos. Eu sou pra mim minha companhia diária, tem horas que gostaria de me livrar de mim, mas não posso. Estando de mau humor ou de bom humor, lá estou eu comigo....então....se eu não for feliz comigo mesma...? O que seria de mim?

Conto com pessoas maravilhosas durante muitas fases da minha vida, mas com certeza não me deixarei só! Preciso da mente quieta, a espinha ereta e o coraçãop tranquilo pra ir a luta todos os dias. E me amar faz com que essas fases dificeis fiquem menos pesadas.

Enfim, sem cobertor de orelha (por enquanto), mas nada que um bom chá ou chocolate quentes e a tal touca de lã não possam ajudar.
E tem uma música que diz:
"tá afim de um romance, compra um livro.."

kkk e eu até já tô usando óculos....kkkkkkk

quinta-feira, 8 de março de 2012

Das lembranças que eu trago na vida...

.... saudade é uma coisa que eu gosto de ter....
Adaptação da música que serve perfeitamente pr'o que eu quero dizer hoje (que está no coração há dias, mas não tive tempo de postar).
Depois de 21 anos revivi o carnaval na minha amada Corumbá. Sim, 21 anos desde o primeiro carnaval naquele calor que aquece não só o corpo, mas a alma.
Chegar lá foi muito emocionante, mas o caminho foi insuperavelmente alegre. Quando a gente vive num lugar, depois vai embora e pouco volta, é normal que tudo e todos se modifiquem e pouco reste dos sentimentos cavados, ainda mais quando se é adolescente, cheio de transições emocionais. Quem poderia imaginar que a memória guardaria tão nitidamente pessoas, faces, vozes, abraços, depois de 21 anos??
Pois sim, existe e eu sou feliz por ser parte dessa emoção.
Encontrar meu amigo Toufic, vulgo Teco, foi algo que nunca mais vou esquecer, assim como mantive viva as lembranças nesses anos todos que não nos víamos. Lá estava ele, na rodoviária, na correria do dia, só pra me dar um abraço, mal sabe ele (agora talvez saiba) que foi mais que um abraço que recebi, recebi uma enxurrada de carinho e amizade. Vê-lo foi a forma mais gratificante que a vida me deu pra me fazer perceber que é isso que vale a pena. É essa emoção que faz o motor funcionar; Que faz as engrenagens da vida se manterem nos eixos. De que vale tanto tempo se não for pra sorrir quando lembrar de alguma coisa ou de alguém, ou reviver pessoas que nos fizeram tão bem?!
Me emociona saber que pessoas lindas de alma existem. E ele é uma dessas pessoas.
Que se passem mais 21 anos, td bem...faz falta ver, ouvir, abraçar, mas a gente sobrevive a essas faltas....Mas o que faz falta mesmo, que dilacera a alma, é a falta de sentir isso por não ter vivido nem conhecido pessoas que despertaram essas emoções.
...
O carnaval? Nossa, o carnaval não teria sido tão perfeito se não fosse pelo caminho pra chegar até ele.



sexta-feira, 2 de março de 2012

Quanto pesa a sua bagagem??

Dizem que a gente conhece as pessoas na dificuldade né?


É, eu custava a crer que minha ingenuidade era tamanha e continuava a acreditar nas pessoas no auge da alegria e que elas eram sempre assim, boas, sinceras.

Mas a vida ensina, isso eu sei, mas dói saber que pessoas que eu amava tanto tratem, ou destratem, de forma bruta coisas do coração.

Fico remoendo lembranças e entrando nos buracos das relações pra ver onde está o erro, onde foi que tudo se perdeu, onde foi que eu deixei escapar alguma coisa ou falhei ou permiti...

É uma busca em vão porque eu, ingênua de novo que sou, acabo sempre achando tudo bom, tudo possível de ser melhor, otimista que dá raiva as vezes. Daí eu fico assim, com o olhar perdido rastreando esses vãos, sem muito sucesso porque mesmo triste e percebendo que não é assim que as coisas são, eu ainda sinto uma coisa aqui dentro da alma que não me deixa desacreditar no amor, nas pessoas...que burra, meu Deus, como pode ser tão burra??

Tá ali, escancarado que não tem mais jeito, que nunca (e essa palavra pesa toneladas nessa hora) vai mudar. Por mais que o amor tenha sido despejado, jorrado, banhado, entupido no outro ser...não vai mudar porque seu coração não foi atingido, há um muro de concreto forte, daqueles paredões, uma muralha da China que impede que o outro veja, receba, sinta tudo que foi feito pra se tornar simplesmente bom, leve, tranquilo, sem dor...

E mesmo quando não tem mais jeito, eu insisto em demonstrar o bom sentimento que pode ficar de lembrança, não precisa ser um final ruim, não precisa ser de raiva, ódio e desprezo, não faz sentido ser assim, mas de novo a surpresa, nem todo mundo quer isso, nem todo mundo prefere ter a paz das melhores lembranças....Eles estão errados?? Não, sim, talvez, não sei. Cada um sabe o que é melhor colocar na sua bagagem, o peso da mágoa ou a leveza do amor....não cabe a mim julgar esses seres. Da minha bagagem sei eu, e só!

Me resta o que? Um choro, um suspiro, uma tristeza remota, uma esperança...? Me restam várias coisas e ao mesmo tempo não me resta nada, porque não tem mais o que fazer, a escolha foi feita por quem quis assim.

Aqui fica então, apenas um lamento.

Livre-arbítrio: o sm. Capacidade individual de autodeterminação [PL.: livres-arbítrios]

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um turbilhão de sensações dentro de mim.

Estou ausente por um tempo e nesse tempo muita coisa aconteceu, literalmente um turbilhão de sensações dentro de mim....
Eu ouço essa música agora no fone de ouvido...me arrepia.....me faz chorar...eu canto...eu me vejo...eu me sinto...
Eu compartilho a letra, mas será impossível compartilhar o que ela me faz sentir...

Sensações

Paula Fernandes


Eu me perdi, perdi você
Perdi a voz , o seu querer
Agora sou somente um
Longe de nós um ser comum
Agora sou um vento só. a escuridão.
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço
Eu me derreto, eu evaporo
Eu caio em forma de chuva eu reconheço
Eu me transformo
Agora sou um vento só, a escuridão.
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva
De que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço, eu estremeço, eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair
Da chuva eu reconheço
Estar assim, sentir assim
Turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço
Eu me derreto, eu evaporo
Eu caio em forma de chuva
Agora sou um vento só, a escuridão
Eu virei pó, fotografia,
Sou lembrança do passado...

http://letras.terra.com.br/paula-fernandes/1846587/


Feliz 2012!