E quando a agua do chuveiro escorre salgada pelo corpo
Lava a alma
Leva o peso do que
sai de dentro
Escorre e escancara os desesperos escondidos do dia
Rola pelo ralo... se perde no esgoto todo o escuro do medo,
da incerteza, da tristeza
Faz seu curso de lavar e levar
O suspiro reverbera
O grito silencioso ecoa
A agua que jorra dos olhos, rasga a pele e mistura ...
revira... debulha...
Que muitas vezes nos ajoelha
Nos recosta a cabeça no azulejo
Que cerra os punhos
Que cessa
Que recomeça
Que finda
Que infinita
A agua
Desobstrui os poros
Acelera os batimentos
Provoca
E depois... sossega
Cala e acalma
A agua