Tenho dores na minha alma
Suspiros intermináveis
Vontades de ociosidade de viver...pausei
Queria o sopro de uma adivinhação
Uma previa de futuro pra
saber dos por quês
O acordar sem saber
... a vida muda num instante, muito mais rápido do que uma
fração de segundos
Um suspiro, um espirro, uma sílaba do seu nome e tudo já não
é mais
Essa mania da vida querendo dizer algo
E a gente jamais consegue decifrar o enigma
Vivemos em vertigem, sabemos dos abismos, mas nunca estamos
preparados pra voar
E somos empurrados pelo precipício de emoções
Uma queda livre
Deus, onde está sua mão?
Onde estão os nós desatados, atados em laços que parecem que
nunca irão
desenlaçar...mas esticam em seu limite?
Milhões de pensamentos invadindo a mente, perturbando o sono
Os sonhos esparramados no chão....
Estilhaços de um coração
Tanto faz se é dia...
É tudo escuridão
Flashes...
A corda do balde do poço quase não alcança a água
E seca a
garganta
Dói quando engole, arranha o choro, esfarela o corpo e o vento
leva
Seca....
Pingos de chuva na imensidão de um deserto, me confortam...
Quero os rios e lagos, mas agora, exatamente agora, me refaço nos pingos
Deixo
a chuva chegar de mansinho...
Regar a alma enrugada de tristeza..
Esperar o temporal...
É hora de deixar a chuva encher o poço
Escolho não morrer de sede
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