quarta-feira, 22 de maio de 2019

Balé das cores



De vez em quando minha alma pega um pincel e colore céus, mares, flores e estradas

Outras vezes a raiva usa um carvão e sai rabiscando toda a tela, cada canto, cada mísero 

canto

Muitas outras a tristeza borra tudo com lágrimas

Tantas vezes foi um dilúvio ...

E diversas vezes a felicidade invadiu e fez da aquarela as cores mais fortes, os tons 

vibrantes se misturando numa balé envolvente

E quando a agonia se fez presente...o balé girou sem rumo e sem par... bailarinos 

desgovernados num grande palco

Mas também dançou a esperança, juntando os pincéis, desatando as sapatilhas, 

desembaraçando os tules da saia rodada

Entre dias nublados, nem tudo foi frio....

Entre dias ensolarados, nem tudo foi calor

Dias ou outros o sorriso amarelou, o coração sangrou

A ponteira da sapatilha falhou e fez calos

Respirei fundo (suspiro)

Um sopro

Vamos lá de novo

A música ainda não parou

O show em que continuar




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