Tem dias que quando o relógio toca eu quero fingir que não
escuto
Tem dias que quando sento na cama e ainda tá tudo escuro
Quero tatear e pegar
na sua mão, fazer um carinho no gato, abrir a porta do quarto e ver que
nada mudou
Nem sempre a noite passa ilesa dos pesadelos
Nem sempre o dia amanhece
As vezes ele só aparece e eu só vou
Noite passada sonhei com vocês dois se abraçando e eu
assisti de longe, pra não
atrapalhar
E chorei baixinho pra não acordar
A vida passando
A implacável fúria do tempo
Tem tanta lágrima presa no peito
Que vira mar... e eu remo...
Tem coisas que nem eu sei como...
Eu insisto
Ah meu Deus, eu insisto!
Mas nem sempre eu consigo respirar
Me falta ar
Um salto em queda livre
Na confiança que Sua mão vai me amparar
...Nem sempre o dia amanhece
As vezes ele só aparece... e eu só vou
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