quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Ventos do Pantanal


Os ventos do Pantanal sopraram nos meus cabelos

O sol dourou minha pele e o cheiro de mato inebriou meus sentidos

Eu estava lá

No coração da cidade branca

Me reencontrando

Cada som despertando emoções

Uma saudade de algo que nem sei o quê...

Piso naquele solo e é como se minhas raízes se embebedassem do Rio Paraguai

O rio que leva e lava a alma de todos que nele se banham ou apenas o apreciam

O entardecer poético que meus olhos vislumbram marejados, agradecidos por 
tanta beleza

Piso naquele solo e sinto penetrar pelos meus poros a energia vital, a força, a 

vontade de continuar ...

Meu coração dispara, quase para...

Do outro lado do rio vejo cores

Do outro lado do rio vejo vida

É de lá que eu venho

É pra lá que eu vou quando sonho

É lá que sempre estou quando fecho os olhos ouvindo passarinhos

Meu suspiro de saudade

Meu sorriso de lembrança

Na minha eterna alma de criança

Corumbaense de nascença

Alço voo com o tuiuiú

Pelo lume de estrelas que brinda a noite sul-mato-grossense

O sangue pantaneiro transbordando em minhas veias






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