quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Entre sins e nãos

 

Cada vez que eu penso que não

Mais percebo que sim

E assim, devagarzinho

Você vai se afastando de mim

Os passos ficam mais largos

Os olhares mais perdidos

E desenlaçam-se as mãos

De repente vem o toque do pé, e aí eu penso que sim

Mas amanhece de novo, eu percebo que não

Já não vejo mais você chegar

E quando vejo, não sou vista

Não se tem mais o que falar

Eu diria que sim

Mas sinto que não

Um trava-línguas de sentimentos, sem voz, no silêncio

Se eu pudesse... será que devo?

Deveria ser sim... mas o abismo diz... não

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