sexta-feira, 9 de maio de 2014

Poucas e bobas

Qual casal não discute?

Qual relacionamento não passa por uma ventania um pouco mais forte de vez em quando?

Todos, absolutamente...mesmo que seja pai, filho, mãe, filha, irmãos, mas principalmente um relacionamento amoroso.

Não há cristo que aguente certas azedices do outro. Num dia de menos senso de humor, acaba sempre sobrando um cutucãozinho pra quem está por perto, tão perto que a gente sente liberdade de ser quem a gente é...então aparecem os defeitinhos, os azedumezinhos mais profundos e íntimos e descontamos...no nosso companheiro (a).

Eu posso dizer por mim mesma, haja paciência pra me aguentar nas TPMs e são nelas, justamente nelas, que minhas discussões acontecem....menos mal, acho que não sou tão ruim assim, há uma explicação médica para que uma vez por mês eu surte...ou duas...

Claro que também suporto certos grunhidos, mesmo que ele não tenha TPM, é um ser humano e seres humanos quando contrariados ou insatisfeitos, tendem a ficar de bico – mesmo que seja por um breve segundo.

Mas o mais legal, sempre vendo o lado bom das situações, é que são momentos passageiros, efêmeros, que não prejudicam, não agridem a alma nem o coração, não perpetuam na relação, são briguinhas poucas e bobas que no meio da intensidade da relação, acabam sendo inevitáveis porque são partes dos eus de cada um, dos defeitos que cada um carrega e, já meio clichê, ninguém é perfeito.

Eu sou feliz por ter essas poucas e bobas brigas de casal. Elas me provam que somos livres nas expressões e certos das compreensões de nós.

Me completam, também. 

Me fortalecem as certezas de ter feito a escolha certa, do homem certo, do amor fora dos livros.

E a cada briga pouca e boba que a gente tem, fica mais fácil de lidar e de esclarecer e de tentar não fazer de novo, mas acontecer vamos lidar, esclarecer e tentar não fazer de novo.

É a paz que eu tanto admirei, desejei e enfim, encontrei.


3 comentários:

Anônimo disse...

Olá Marcia. Namoro há 3 anos e desde o começo do relacionamento sempre senti aquelas deliciosas borboletas no estômago que só sentimentos lindos como esse são capazes de nos proporcionar. Maaaas.. De um tempinho pra cá amadureci muito, comecei a mudar meu modo de ver as coisas. E várias coisas comecei a deixar para trás também para viver a nova "eu". Porém, com a minha mudança, meu parceiro sentiu bastante. Brigas rolaram e discussões, e assim foi desgastando. Confesso que somos muito diferentes, e às vezes penso que isso não vai para frente, por mais que algum dos dois queira, não tem mais jeito e já tentei de tudo. Eu o amo do fundo do meu coração. O mais triste é quando a relação morre, mas não o amor entre os dois.

Ventos do Pantanal disse...

Uma coisa que eu aprendi, depois de muito pelejar, é que eu sou a pessoa mais importante pra mim. Eu primeiro e depois os outros. Não encaro isso como egoísmo, mas sim uma forma de estar equilibrada para poder ser para o outro, alguém que ele queira estar perto. Mas, mesmo assim, meu jeito de ser com meu noivo não mudou,ele continua sendo "prioridade". Desde que eu não me agrida, posso muito bem fazer por ele, pra ele, primeiro. Assim também com meu filho por exemplo. O fato é que, se fazemos pelos outros primeiro, precisamos fazer sem cobranças ou culpas ou chateações. Se é pra fazer, que seja com prazer.E eu sei que ele faz por mim. Há uma troca natural e essencial. Também somos diferentes, mas nos respeitamos nessas diferenças...as vezes discutimos, e quem nunca? A pergunta é: Por que vc decidiu mudar? A ponto de provocar tantas reações, desgastando a relação? Sua mudança tem mesmo a ver com maturidade? Vc diz: "amadureci muito", então...o que faltava?
Leia os pequenos sinais. Pode ser que o amor tenha acabado entre os dois e tenha restado apenas o carinho pelo tempo que durou. Pode ser que haja amor, mas esteja faltando o olho no olho, a conversa pra acertar os ponteiros. Todo mundo muda na vida, é essa a idéia. Mas se há amor, esse é imutável.

Anônimo disse...

Eu decidi mudar por conta das novas responsabilidades que a vida me impôs, e por consequencia disso, mudei meu modo de ver a relação. Quero me permitir conhecer outras pessoas, conhecer a vida, sou muito nova e ele também. Minha mudança teve muito a ver com isso. E ele estranha muito. Talvez ele sinta falta da "outra eu". Sinceramente, Márcia, às vezes eu acho que é só amor de amigos. Se fosse o amor da minha vida, eu com certeza saberia. Adoro conversar e falar sobre tudo com ele, mas quando chega num momento "namorados" eu travo e não sei como reagir, acabo o evitando e me afastando aos poucos, só que tenho medo de machucá-lo. Preciso colocar um ponto final, mas não consigo. Quero somente a amizade dele, e isso não parece egoísmo, como vc disse, sou prioridade! Neste momento estou me amando mais!