quarta-feira, 1 de novembro de 2017

DEPRESSÃO – o grito silencioso do seu eu.


Sorrateira, muitas vezes confundida com frescura...

O pior erro é o julgamento....”como pode ter depressão, tanta coisa pior no mundo?” “como pode ser depressivo tendo de tudo na vida?”

Depressão não tem a ver com o que se tem por fora, mas sim com o que não se tem por dentro.

A pior sensação, pra quem está de fora, é não saber o que vai encontrar ao abrir a porta do quarto daquele que tem depressão. A sensação de impotência diante de uma maçaneta.

O mundo dentro de uma ostra,  um mundo isolado e sombrio...a gente reza, conversa, trata, mas está incutido na alma dessas pessoas a propensão a voltar a se fechar.
É um trabalho de formiguinha, de amor e paciência.

Não, jamais aceitar reações que colidem com a boa convivência, jamais...apenas saber enxergar atrás de palavras e gestos, a solidão e o desespero instalados naquele ser.

Sim, eu tive depressão e lembro como se fosse ontem, a solidão de ouvir que eu estava fingindo, faltava-me um tanque de roupas pra lavar, que eu era chata e não devia ser ingrata por ter saúde, conforto...quando a solidão ela vem em meio a multidões.
É como estar sepultado em cova rasa, ainda respirando, mas sem forças pra abrir o caixão.

E vem um e vem outros pra chacoalhar você, mas nada tira o torpor da alma. As vezes você reage, penteia o cabelo, escova os dentes, passa um batom.....

Em outros dias, nem o pijama você descola da alma, a cama te engole, você ocupa a mente com um vazio...faz eco lá dentro ao mesmo tempo em que sua mente parece uma feira livre.


A depressão é um distúrbio afetivo. No sentido patológico, entre os sintomas, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.
A depressão é na realidade uma ampla família de doenças, por isso denominada Síndrome. Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.
Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas com predisposição, que provavelmente é genética. Uma em cada cinco pessoas no mundo apresenta o problema em algum momento da vida.
Sintomas
• Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia
• Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas
• Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis
• Desinteresse, falta de motivação e apatia
• Falta de vontade e indecisão
• Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio
• Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte.
• A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio
• Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo
• Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento
• Perda ou aumento do apetite e do peso
• Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do tempo)
• Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.”

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