quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Melhor assim do que não ser.

Nunca ouvi dizer que amor fazia mal, ou que crescer numa família que sentisse amor um pelo outro fosse prejudicial a saúde.
Nunca ouvi dizer que beijos e abraços pudessem desvirtuar alguém;
Nunca ouvi dizer que zelo, cuidados e orientações fossem contra o bem estar de alguém.
Enfim, tenho um filho lindo de 11 anos e percebo que as pessoas criticam quando digo que não o deixo sozinho em casa ou não o deixo voltar da escola sozinho estou exagerando e mimando e super protegendo, pois bem, vamos ao que me compete.
Filho pra mim, é sagrado, eu digo e repito, Deus me deu um filho Dele, Ele confiou em mim deixando Seu filho pra que eu cuidasse, orientasse e amasse aqui na terra, estou tentando cumprir minha tarefa.
Não considero mimo abraçar e beijar meu filho, com 11 anos, em público;
Não considero excesso de zelo não deixá-lo voltar da escola sozinho (eu disse sozinho), ou voltar da academia as 21:30 sozinho.
Ter 11 anos não significa saber se defender e agora eu vou mais além.
Meu filho saberia se defender de uns guris que o azucrinassem na rua, na volta da escola, por exemplo;
Ele saberia se safar de um bando de pirralhos da sua idade, normalmente, que quisessem encher seu saco;
Ele poderia voltar com a roupa suja por ter rolado no chão da escola ou da rua numa briga de moleques, tranqüilamente porque isso deveria fazer parte da infância e pré-adolescência dele porém...
Ele não pode se defender de uma briga de guris que o ameaçam e até partem pra cima com uma faca, um canivete ou um revólver...mesmo que eles fosse de sua idade ou muitas vezes menores;
Se fosse lá pelos anos 1985, quando eu mesma ficava em casa sozinha ou com minha irmã, e esquentava o almoço e ia pra escola a pé, com mais duas amiguinhas, ou sozinhas, e podia ficar na rua brincando de queimada até dez horas da noite, com certeza meu filho aproveitaria das mesmas brincadeiras que eu.
A gente escuta falar de tanta morte de crianças, tanto sumiço, de dentro de casa, do quintal de casa, da rua de casa....não vivemos mais na época onde as brigas de gangue eram resolvidas mano-a-mano, eu não vou arriscar a vida e segurança do meu filho pra parecer moderninha, eu não pretendo mostrar pros outros uma segurança que não sinto.
Eu ensino, eu crio pra vida sim, eu mostro o que o mundo oferece, mesmo a gente andando na linha o que pode acontecer, eu oriento e alerto, pode sair pro mundo, pra sair pra vida, eu não quero um filho grudado na barra da minha saia pra eu controlar e super-proteger, mas quero saber sim com quem vai, onde vai, que horas volta....é meu filho, é minha obrigação orientar e proteger....a vida vai mostrar muito mais do que eu , eu sei que vai, mas se ele tiver estrutura pra aprender correndo menos perigo...por que não?
Por que devo deixar uma criança de onze anos voltar da academia quase dez horas da noite se posso fazer companhia...Além de cuidar, eu quero estar junto, eu gosto de estar junto porque um dia isso vai acabar, essa fase vai passar e ele virá da academia com a namorada, ou amigos, ou sozinho...Por que devo abrir mão de momentos com ele só porque ele está crescendo, e mesmo depois de adulto, por que devo abrir mão de sua companhia só porque ele já é um homem feito?
Estar presente é não só uma obrigação, é um prazer.
E não preciso provar pras pessoas que meu filho não é mimado, que eu não o super protejo....o que acontece dentro da minha casa não interessa a ninguém.
Ele é saudável, inteligente, independente onde pode ser, e sabe muito bem se virar se for preciso, eu faço por amor, e amor...nos dias de hoje, é um sentimento muito banalizado.
Melhor amar e cuidar assim, do que ver pai matando filho, filho matando pai, vizinho, mãe, tio, irmão...no meio de tanta violência e crueldade...eu amar demais meu filho e ele ser como e quem ele é, deveria ser uma virtude, deveria ser motivo de exemplo e não de crítica.

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