quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

unidunidunite

Ter filho nos faz viver todas, ou quase todas, emoções num único dia, as vezes num curto espaço de tempo.
A gente se alegra, se desespera, se orgulha, se preocupa, se abandona, (porque se entrega à uma vida de fortes sensações)....se renuncia.


Chora, e como chora, quando o filho chora;
Ri, rola de rir, quando o filho tá feliz.


Mas as vezes viro filha do meu filho e choro em seu colo, principalmente em crises tepeêmicas, e ele me consola, tal qual gente grande e também se desespera quando não sabe o motivo de eu estar chorando, nessas crises nem eu mesma sei ...


E se irrita quando encho o saco dele, mas também se entrega e me faz carinho, e me traz remédio pra dor de cabeça, ou me oferece um chocolate.


Ah...esses filhos da gente, que a vida vai roubando devagar,
Que vão conquistando seu espaço no mundo e crescem desengonçadamente, criam asas e de repente, quando a gente menos espera, voam pra longe e a gente lamenta por não ter tido mais tempo.


Um tempo que a modernidade rouba da gente, a necessidade esconde.....
Um tempo que a gente recorda através das fotografias


Os filhos crescem numa euforia descontrolada, numa ânsia desmedida de querer ser adulto..
Mal sabem que lá na frente eles vão querer voltar a ser crianças pra ter o dia mais longo, as brincadeiras mais divertidas, os sorvetes mais saborosos.


Por isso eu me permito ser criança com meu filho, pra poder resgatar a saúde emocional da infância e curtir o que puder enquanto ele ainda puder e quiser.


Não me envergonho de correr na chuva, ou de rolar na grama, ou de brincar de caça ao tesouro.


Essas emoções todas num único dia às vezes assustam, mas me renovam...


E os dias com esses pirralhos transformam nossa vida numa caixa de Pandora...
Inusitadas e diversas surpresas, mas de inesgotável, inexplicável, incondicional Amor!

Nenhum comentário: