terça-feira, 15 de julho de 2014

Conexões

Meu  medo é que chegue o dia em que as pessoas estarão tão vidradas em tecnologia que percam completamente a noção do que um abraço, um sorriso, um olhar nos olhos possa trazer de beneficio.

Tenho receio de que as pessoas se percam nos teclados, e não se achem nos braços e abraços.

Que se viciem em imagens numa tela de alguns centímetros ao invés de se viciarem em tamanhos reais.

Que se alegrem em ler piadas ao invés de ouvir gargalhadas.

Um mal necessário, vão dizer.

Eu concordo...em partes.

Acho justo estar ligado nas novidades, mas acho boçal trocar essas novidades virtuais pelas novidades pessoais.
A gente gosta e precisa saber das notícias, ficar conectados com as pessoas que moram longe (principalmente), agilizar compromissos, manter-se atualizados. Mas existem coisas que são insubstituíveis e existem lugares e momentos que não precisam de conexão tecnológica, apenas conexão emocional.

Meu medo é que acabe o discernimento entre onde começar uma e terminar outra.

Minha tristeza é olhar para a mesa ao lado e ver pessoas abraçadas aos seus aparelhos e não aos seus parceiros.
É chegar juntos ao restaurante e separar-se ao sentar-se a mesa.

Que venha o futuro e traga sempre e mais inovação. Mas que venha com ele, a sensibilidade de não trocar telas minúsculas por sentimentos grandiosos.


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