terça-feira, 4 de setembro de 2018

Tornozeleira de miçangas


Não quero saber a sua idade...nem quanto tempo faz que você saiu de casa

Não me faz diferença saber onde você mora

Se vai a pé, se vai descalço, se vai sobre rodas

Não me diz respeito o seu trabalho, mas o seu olhar sobre o que aflige a vida alheia...não a fofoca sobre quem fez o que, mas sobre o que você faz pra proporcionar a alguém um sorriso, um sonho, uma lágrima de emoção....

Um afago na alma

Um beijo na testa

Um aperto de mãos

Bons amigos sem mesmo se conhecer

Um banho de chuva

O nascer e o morrer do sol

Não preciso saber que carro você tem, se tem, mas me importa para quantas pessoas você já deu carona numa noite de chuva, num dia de sol escaldante...se no teu porta malas cabem histórias...

Não me conte os números da sua conta...não gosto de exatas

Me conte contos, crônicas, poesias....eu gosto de andar na areia com tornozeleira de miçangas

Não preciso saber  quantas vezes você já respirou, mas adoraria saber quantas vezes ficou sem fôlego diante de uma emoção

Viva como se fosse morrer...porque você vai...eu vou...todos vamos

Os ciclos se encerram e então, me diz, o que você vai levar na alma é mais importante do que você tinha nos bolsos?

As rugas do seu rosto tem nome e sobrenome? Ou são apenas pelo tempo que passou?

Me conte quantos sonhos você deixou morrer com o passar dos anos....e quantos você ainda guarda no peito, mesmo que sejam utopias...o que fez seu olho brilhar

Você já contou estrelas?

Conte....porque eu realmente não quero saber sua idade....




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