Quando o silencio fala, é
quando as palavras somem ou se distorcem
se embaralham à sua frente e os
olhos cegam e não conseguem formar
silabas...sequer um ditongo, um hiato...
Estranho quando se percebe o
vento chegando e espalhando tudo...
Estranho como depois que
espalha....juntar parece moroso.
Sentar na calçada e ter o
olhar perdido...sem reação pra correr atrás das letras
Sopra apenas uma brisa...mas
mesmo assim, parece ventania...
..Que bagunça os cabelos, que
mistura devaneios
Que tira tudo do lugar
É cedo, é tarde...que horas
são? Que tempo é?
Um passo de cada vez?
Correr?
Esperar...
Esperar o vento
passar...deixá-lo fazer a dança das letras...deixá-lo derrubar as folhas...
Faz parte, é assim que se
refaz, é assim que se renova, se firma, se forma.
"Aprendi
com a primavera a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."
Cecilia Meireles
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