terça-feira, 11 de novembro de 2008

Chão de estrelas

Tiro os sapatos pra pisar no chão molhado, de terra, de asfalto,

Pra ter a a realidade ...

O vento que traz a chuva, a lua que se esconde atrás das nuvens

Tiro os sapatos pra pisar no orgulho do salto alto que muitas vezes me faz tropeçar...

Tiro o sapato pra lembrar de quem não usa sapatos, que fere seus pés no solo rasgado, de terra seca, de pedras, de lixo, de córrego;

Tiro os sapatos pra perceber a igualdade, pra provar que a subida e a descida são a mesma rua, depende de onde você está olhando.

A sensação de sentir o chão me traz a realidade, me traz a liberdade...

Piso no chão molhado, iluminado pela lua pra respirar o ar com os pulmões da alma

Abro os braços pra poder voar, deixo o vento bagunçar meus cabelos

Deixo que me vejam sorrir sem máscaras, sem rodeios....deixo que me veja sensível...que me vejam flexível, com as asas envergadas...

Tiro os sapatos

Tiro as vendas

Deixo meus olhos nus, deixo meu corpo entregue a ventania

A liberdade me sopra os ouvidos me instigando a correr...e corro pela rua, pela lua, pela chuva...por mim, pra chegar....ou pra partir...pra só e simplesmente pisar no chão molhado, de terra ou de asfalto...pra onde eu quiser ir.

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